8 causas para a baixa reserva ovariana ter se tornado comum cada vez mais cedo

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Dra. Layza Merizio Borges

As mulheres já nascem com uma reserva ovariana determinada pela quantidade de folículos ovarianos produzidos enquanto elas estão sendo geradas no útero materno. Quanto menor é a quantidade de folículos produzida, mais cedo a reserva ovariana irá se esgotar.

Além disso, alguns fatores como causas genéticas, cirurgias pélvicas, endometriose, quimioterapia, entre outros, podem comprometer a reserva ovariana de forma mais precoce do que o esperado. O grande problema é que essa redução da reserva é irreversível e a realização do sonho de ser mãe depende diretamente da existência de óvulos viáveis.

A prática clínica tem mostrado que a baixa reserva ovariana tem se tornado mais comum em mulheres mais jovens sendo as razões variadas.
A diminuição da reserva ovariana pode ser avaliada por meio de testes de hormônios e ultrassonografias transvaginais, e existem opções de tratamento, como a indução da ovulação com coito programado, a inseminação intrauterina e a fertilização in vitro (FIV) com óvulos próprios ou de uma doadora.

Veja 8 causas para a baixa reserva ovariana ter se tornado comum cada vez mais cedo nos dias atuais.

Maternidade tardia
A idade feminina avançada é o principal fator que leva à diminuição da reserva ovariana. Com as mulheres adiando a gravidez pelos mais diversos motivos, quando decidem engravidar, podem encontrar desafios de concepção devido ao envelhecimento dos óvulos.

Estilo de vida
Hábitos como tabagismo, consumo excessivo de álcool, alimentação inadequada e exposição a toxinas ambientais, podem ter um impacto negativo na saúde reprodutiva e, potencialmente, acelerar a diminuição da reserva ovariana.

Estresse
O estresse crônico pode afetar negativamente a função ovariana. Várias pesquisas sugerem que o estresse pode influenciar o equilíbrio hormonal e levar a problemas de fertilidade.

Exposição a substâncias químicas
A exposição a produtos químicos nocivos no ambiente, como pesticidas e produtos químicos industriais, tem sido associada a problemas de fertilidade e pode acelerar a diminuição da reserva ovariana.

Obesidade
A obesidade pode levar a desequilíbrios hormonais que afetam a fertilidade.

Poluição do ar
Algumas pesquisas indicam que a exposição ao ar contaminado com substâncias químicas tóxicas pode estar associada a problemas de fertilidade.

Dieta e nutrição
Uma dieta pobre em nutrientes essenciais e rica em alimentos processados pode afetar a saúde reprodutiva.

Genética
A genética também desempenha um papel importante na reserva ovariana e mulheres com alterações genéticas específicas podem apresentar insuficiência ovariana prematura, como na Síndrome do X Frágil.

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Dra. Layza Merizio Borges

Médica. Mestre (IAMSPE-SP) e Doutora (UNIFESP) em Reprodução Assistida. Título de Especialista em Reprodução Assistida pela Associação Médica Brasileira e pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Membro internacional da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia (ESHRE). Membro efetivo da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH) e de Reprodução Assistida (SBRA). Responsável Técnica do Instituto de Medicina Reprodutiva. @medicinareprodutiva