Adaptação escolar? Confira 12 dicas essenciais para pais e filhos

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Psi. Renata Bedran

A entrada na escola significa para criança separação parental e conquista de espaço. Muitas vezes, é a primeira vez que a criança sai do seio familiar e todos, tanto a criança como os pais, precisam se adaptar a essa nova rotina. Aqui estão algumas dicas para ajudar na adaptação escolar do seu filho que funcionaram para mim e para a minha filha, mas lembre-se que cada família é única.

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🔸 No dia anterior ou, caso a criança estude à tarde, no mesmo dia, arrumem a mochila juntos. Mostre onde estão as coisas para ela pegar durante sua estada na escola;

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🔸 Fale que no dia seguinte será o primeiro dia de aula e que ela vai aprender coisas novas, conhecer crianças novas, que vai brincar e se divertir;

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🔸 Antecipe para a criança o que vai acontecer dando a ela previsibilidade. Explique que ela chegará na escola, que terá uma sala com uma turma de crianças da mesma idade que ela; que ela terá uma professora e auxiliar às quais ela deve pedir ajuda (inclusive avisá-las quando precisar ir ao banheiro ou beber água);

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🔸 Diga que enquanto ela está na escola, você vai trabalhar (ou realizar outra atividade) e que você volta para buscar. Tente dar um tempo mais concreto. Por exemplo: “após a troca de roupa eu chego”, ou “após o jantar na escola eu chego”. Crianças não tem noção do tempo nem são abstratas, precisam de pensamentos e ideias concretas;

🔸 Nunca saia escondido, sem se despedir da criança. No dia pode funcionar, mas quando você leva-la nas próximas vezes, ela vai ficar hiper vigilante, atenta a todos os seus movimentos, com medo de você sumir de repente;

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🔸 Lembre-se que mudanças podem causar incômodo, medo, ansiedade, em nós e neles. A gente precisa assumir isso e elaborar as coisas em nós pra ajudá-los a organizar neles. Precisamos estar cientes que fizemos a melhor coisa naquele momento, para que estejamos seguros para passar segurança;

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🔸 Avise na frente da criança e da professora que qualquer coisa ela pode te ligar se ela achar necessário. É legal a criança criar confiança nela e na instituição;

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🔸 Duas coisas que funcionaram comigo e com a minha filha foi nos despedirmos com um beijo antes dela entrar na escola, e quando a deixo em sala, damos tchau uma para a outra sorrindo. A outra que funcionou muito no período de adaptação, é desenharmos um coração no antebraço uma da outra e quando sentirmos saudade é só beijarmos o coração. Ela adorou!

É importante frisar aqui que é comum que alguns pais sofram tanto quanto as crianças nesse período, e isso não é errado nem deve ser motivo de vergonha. Isso acontece pois todos nós adultos temos uma criança interior ferida e ao deixar os filhos na escola, a dor do abandono pode ser um gatilho para o sofrimento.

O que temos que entender é que a dor pode e vai aparecer, mas temos que saber que ela é nossa, e tudo vai depender da postura que tomamos frente a ela. A dica que eu dou para esses pais, e eu fui um deles, é termos em mente os motivos pelos quais essa separação
seria positiva:

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🔸 A escola era um lugar que eu escolhi para ela, então era a melhor opção para ela naquele momento e para a conjuntura da nossa família;

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🔸 Enquanto ela está na escola eu consigo fazer as coisas que eu gosto (trabalhar, estudar, ir na academia, ficar sozinha);

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🔸 O fato dela ficar na escola não significa que eu a estou bandonando ou que ela se sentirá abandonada. Isso foi uma dor minha, e ela é outro ser humano;

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🔸Não prolongar a despedida. Sempre era muito pior quando eu demorava a sair. Então, eu já ia avisando no caminho para a escola que eu teria que deixá-la na sala e sair rápido, pois ia trabalhar, e que enquanto isso, ela também ia se divertir na escola, fazendo as coisas que ela gosta, e que eu voltaria para buscá-la como todos os dias.

Por último, o que eu aprendi durante a adaptação escolar da minha filha, e o que funcionou conosco é que eu assumi uma postura de não sentir pena dela, sempre me lembrando dos pontos listados acima.

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Psi. Renata Bedran

Psicóloga Clínica e Educadora Parental em Disciplina Positiva. Certificada em Disciplina Positiva pela DPA-USA. Graduada em publicidade e marketing pela Emerson College, Boston, USA. Pós graduada em Psicologia Hospitalar e Pós graduada em Educação Positiva. Trabalha orientando os pais de crianças da primeira infância em como educar os filhos com respeito e empatia. Atua também como psicóloga infantil. @psi.renatabedran