Avaliando o crescimento do bebê durante a gestação

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O crescimento do bebê é determinado por alguns fatores, como: potencial genético, estado nutricional materno e fundamentalmente a capacidade da placenta em levar até o bebê todo nutriente necessário para atingir todo o seu potencial genético.
O potencial genético pode ser imaginado observando-se o biotipo dos pais, avós e peso dos filhos anteriores do casal.

O estado nutricional materno deve ser determinado por exame físico realizado pelo obstetra e histórico médico da paciente.

A função placentária deve ser avaliada principalmente pela ultrassonografia com Doppler color no primeiro e segundo trimestre da gestação.

Para avaliar o crescimento do bebê efetivamente utilizamos a medida da altura do fundo uterino, conhecido popularmente pelo tamanho da barriga da gestante e principalmente com a ultrassonografia que permite medir diversas partes do bebê.

O peso do bebê é o principal parâmetro utilizado para avaliar o crescimento do bebê. A ultrassonografia calcula matematicamente o peso do bebê através de fórmula com medidas da cabeça, barriga e fêmur. Esse peso é sempre comparado com bebês que tenha o mesmo tempo de gestação para assim determinar se está adequado para idade do bebê. Dessa forma o peso é inserido em um gráfico para identificarmos em qual percentil de crescimento o bebê se encontra.

O peso é calculado em percentil (ou seja, uma escala que varia de 0 a 100). Por exemplo: se o bebê tiver o percentil 40, isso significa que 60% dos bebês de mesma idade são maiores do que ele, enquanto 40% são menores. A variação do percentil considerado normal é ampla, vai de 10 a 90. “Bebês abaixo do percentil 10 são ditos pequenos para a idade gestacional (PIG, na sigla médica), enquanto os maiores de 90, grandes”.

Quando o bebê está abaixo da normalidade devemos investigar os motivos com a ajuda de exames complementares. A preocupação tem razão de ser porque a restrição de crescimento intrauterina(RCIU) está relacionada a um risco maior de mortalidade perinatal, atraso no desenvolvimento cognitivo e doenças crônicas na vida adulta (hipertensão arterial, problemas cardiovasculares e diabetes, por exemplo).

As causas da restrição de crescimento são placentárias, maternas ou genéticas. A principal é o déficit da passagem de nutrientes e oxigênio através placenta, o que faz com que o bebê diminua o ritmo de crescimento ou até pare de crescer. Doenças como hipertensão arterial, trombofilia, pré-eclâmpsia, lúpus, cardiopatias e problemas circulatórios tendem a afetar o transporte de nutrientes. Tal como o uso de álcool, drogas e cigarro durante a gestação. A desnutrição materna, mais comum nos países em desenvolvimento, também é um dos fatores que levam à RCIU. “Rubéola, hepatites, toxoplasmose, citomegalovírus e outras infecções também podem interferir no desenvolvimento do bebê”. Por último, síndromes e alterações cromossômicas também estão relacionadas à doença.

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