Bullying: o mau que assombra as escolas e famílias

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Psi. Renata Bedran

Bullying é uma prática sistemática e repetitiva de atos de violência física e psicológica, tais como intimidação, humilhação, xingamentos e agressão física, de uma pessoa ou grupo contra um indivíduo. O local onde mais acontece o bullying é na escola, e é lá onde as crianças passam grande parte de seu tempo e interagem com um número maior de pessoas.

O agressor atua dando apelidos que causam vergonha a vítima, humilhando-a diante de um público, expondo suas características físicas ou psicológicas e pode chegar, em muitos casos, a agredir fisicamente provocando lesões corporais.

Até pouco tempo atrás (década de 1970), a sociedade não via o bullying como um problema, mas como uma fase normal do desenvolvimento infantil. Infelizmente, algumas pessoas ainda classificam o bullying como uma brincadeira ou um comportamento social normal. Esse comportamento negligente de algumas famílias e, às vezes, até de profissionais da educação pode provocar na vítima a sensação de impotência e a crença de que o erro está nela, que não consegue defender-se sozinha.

QUEM SÃO AS VÍTMAS?

As crianças e adolescentes que praticam o bullying procuram alvos fáceis, normalmente crianças menores e passivas. As vítimas mais comuns são pessoas que não se enquadram no padrão aceito como normal para a sociedade. Características físicas, sociais e comportamentais são levadas em conta para produzir as agressões, que podem dar-se por conta de alguns pontos. Veja:

– etnia;
– peso;
– altura;
– características dentárias;
– condição socioeconômica;
– orientação sexual;
– problemas de fala e dicção;
– e dificuldade de aprendizagem

Geralmente, as crianças que praticam bullying também passam por problemas emocionais e psicológicos, que muitas vezes, se originam no ambiente familiar. Devido a isso, quando se trata de menores de idade, não podemos somente julgar e condenar esse tipo de comportamento.

CONSEQUÊNCIAS DO BULLYING

As consequências do bullying são sérias e podem ser irreversíveis. Os primeiros sintomas são o isolamento social, queda no rendimento escolar, queda na autoestima, quadros de depressão, quadros de automutilação, transtorno de ansiedade, síndrome do pânico e outros distúrbios psíquicos. Quando não tratados, esses quadros podem levar o jovem a tentar o suicídio.

COMO COMBATER O BULLYING

Os melhores meios de combate ao bullying são a conscientização e o diálogo. Conversas dos pais e das mães com seus filhos e filhas, campanhas de conscientização nas escolas e diálogo dos profissionais da educação com os estudantes são as melhores formas para acabar com essa prática.

Os pais e os profissionais de saúde precisam ficar atentos ao comportamento dos jovens, sobretudo quando eles apresentarem baixa autoestima, falta de vontade de ir à escola, dificuldade de aprendizagem e comportamento autodepreciativo ou autodestrutivo.

Caso a criança seja vítima de bullying, a família e a escola devem entrar em ação para colocar um ponto final e oferecer o auxílio e o conforto de que a vítima necessita no momento.

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Psi. Renata Bedran

Psicóloga Clínica e Educadora Parental em Disciplina Positiva. Certificada em Disciplina Positiva pela DPA-USA. Graduada em publicidade e marketing pela Emerson College, Boston, USA. Pós graduada em Psicologia Hospitalar e Pós graduada em Educação Positiva. Trabalha orientando os pais de crianças da primeira infância em como educar os filhos com respeito e empatia. Atua também como psicóloga infantil. @psi.renatabedran