Cinco exames principais para investigar a infertilidade feminina

Foto de Dra. Layza Merizio Borges
Dra. Layza Merizio Borges

Um casal é considerado infértil quando não consegue engravidar após 12 meses de tentativas regulares de concepção, sem o uso de métodos contraceptivos.

No caso de mulheres com 35 anos ou mais, esse período é reduzido para 6 meses. A infertilidade pode ter várias causas, tanto masculinas quanto femininas, e pode ser avaliada por meio de exames médicos para identificar possíveis problemas.

LEIA TAMBÉM: Sua criança ronca? Entenda os efeitos do problema na saúde infantil

No caso da infertilidade feminina, existem vários fatores que podem ser investigados para auxiliar no diagnóstico. São levados em consideração a idade, que tem papel significativo na reprodução da mulher, as características dos ciclos menstruais, o tempo de infertilidade, existência de tratamentos prévios, entre outros. O primeiro passo para a investigação adequada é uma entrevista completa, a chamada anamnese.

Além de reduzir custos e tempo, tanto para o diagnóstico, quanto para o início do tratamento, também reflete em menos impactos negativos ao emocional do casal.

Depois, o médico especialista em Reprodução Humana irá solicitar alguns exames diagnósticos fundamentais para se estabelecer a(s) causa(s) da infertilidade. Veja quais são:

Exames hormonais

Aferição dos principais hormônios relacionados à fertilidade, como o hormônio antimulleriano (AMH), hormônio folículo-estimulante (FSH), hormônio luteinizante (LH), estradiol, progesterona, hormônio tireoestimulante (TSH) e prolactina.

Esses testes ajudam a avaliar a reserva ovariana e a função hormonal, assim como identificar possíveis desequilíbrios que possam afetar a ovulação e a fertilidade.

Ultrassonografia pélvica

Realizada para visualizar os órgãos pélvicos, principalmente os ovários e o útero, assim como para contagem dos folículos antrais.

Pode ajudar a identificar problemas estruturais, como cistos ovarianos, miomas uterinos ou pólipos endometriais, que podem dificultar a gravidez. Também é uma ferramenta potente para realizar a contagem dos folículos antrais, outro critério para estimar a reserva ovariana.

Histerossalpingografia

Indicada para verificar a permeabilidade das trompas de Falópio, ajudando a identificar obstruções ou problemas estruturais nas trompas que possam afetar a fertilização do óvulo.

Ressonância magnética da pelve

Importante para rastrear focos de endometriose profunda.

Cariótipo

Exame de rastreamento genético básico, cuja alteração pode levar a infertilidade, abortamento ou aumentar a incidência de síndromes cromossômicas embrionárias.

Foto de Dra. Layza Merizio Borges

Dra. Layza Merizio Borges

Médica. Mestre (IAMSPE-SP) e Doutora (UNIFESP) em Reprodução Assistida. Título de Especialista em Reprodução Assistida pela Associação Médica Brasileira e pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Membro internacional da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia (ESHRE). Membro efetivo da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH) e de Reprodução Assistida (SBRA). Responsável Técnica do Instituto de Medicina Reprodutiva. @medicinareprodutiva