Como deve ser o quarto do alérgico? Veja os cuidados
Cerca de 40% da população mundial sofre com sintomas de rinite alérgica. Um dos pilares do tratamento dessa doença é o controle ambiental, que são cuidados com o quarto de dormir e o ambiente de trabalho ou estudo, para garantir um ambiente seguro e saudável. Essas medidas são essenciais para aqueles que lidam com alergias.
O quarto, sendo um espaço íntimo onde passamos boa parte do tempo, requer atenção especial para minimizar os desencadeadores alérgicos. Cuidar do quarto de uma pessoa alérgica envolve uma combinação de medidas práticas, desde a escolha dos móveis até a manutenção regular do espaço. A escolha de móveis e revestimentos pode influenciar significativamente na qualidade do ar no quarto de uma pessoa alérgica.
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Optar por móveis de fácil limpeza, com superfícies lisas e sem muitos detalhes decorativos, ajuda a reduzir o acúmulo de poeira. Materiais não porosos, como plástico, metal ou madeira selada, são preferíveis, pois são menos propensos a abrigar ácaros, um dos principais agentes causadores de alergia.
A seleção de um colchão e travesseiros antialérgicos é crucial. Capas impermeáveis para colchões e travesseiros podem impedir a penetração de ácaros e proteger contra alérgenos provenientes do ambiente. A lavagem regular dessas capas, das roupas de cama, cortinas e tapetes também é uma prática importante, preferencialmente utilizando água quente para eliminar ácaros, poeira e outros alérgenos. Sempre que possível, é importante colocar colchão e travesseiro exposto ao sol, para diminuir a colonização de ácaros.
Ao abordar a decoração, escolher tintas à base de água e materiais de baixa emissão de compostos orgânicos voláteis (COVs) pode ser benéfico. Muitas tintas e produtos de decoração liberam substâncias químicas no ar, que podem desencadear reações alérgicas em pessoas sensíveis. Optar por opções com certificação ecológica ou rótulos hipoalergênicos pode ser uma estratégia inteligente.
A ventilação adequada do quarto é fundamental. Certificar-se de que o ambiente recebe uma boa circulação de ar ajuda a reduzir a concentração de alérgenos. Abrir janelas regularmente, utilizar ventiladores e, se possível, investir em purificadores de ar com filtros HEPA são maneiras eficazes de manter o ar limpo e saudável.
O controle da umidade é outra consideração importante. Ácaros prosperam em ambientes úmidos, e mofo pode ser um desencadeador significativo de alergias respiratórias. Utilizar desumidificadores ou aparelhos de ar condicionado pode ajudar a manter níveis de umidade adequados. Além disso, evitar o acúmulo de água em banheiros próximos ou áreas propensas a vazamentos é essencial para prevenir o crescimento de mofo.
A escolha do piso também desempenha um papel significativo nos cuidados com o quarto de uma pessoa alérgica. Optar por pisos duros, como madeira, laminado ou azulejo, em vez de carpetes, é aconselhável. Carpetes podem abrigar poeira, ácaros e outros alérgenos, tornando-se um desafio para a limpeza eficaz.
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Manter uma rotina de limpeza consistente é uma prática fundamental. Aspire o quarto regularmente, utilizando um aspirador com filtro HEPA para evitar que partículas finas sejam espalhadas no ar. Limpar superfícies com produtos de limpeza hipoalergênicos e evitar o uso de produtos perfumados pode reduzir a exposição a substâncias irritantes.
Atenção aos alérgenos relacionados a animais de estimação também é crucial, caso haja a presença de um no ambiente. Isso inclui lavar regularmente a roupa do animal de estimação, manter o animal fora do quarto e investir em produtos específicos, como filtros de ar para alérgicos.
Além das medidas físicas, entender e evitar os desencadeadores específicos da alergia da pessoa é vital. Isso pode incluir alérgenos comuns, como poeira, pólen, pelos de animais ou mofo. Consultar um médico alergista pode ajudar a identificar os alérgenos específicos e desenvolver estratégias personalizadas, para minimizar a exposição.
A orientação médica especializada é fundamental e um tratamento bem orientado pode melhorar a qualidade de vida das pessoas alérgicas, diminuindo a frequência e intensidade das crises.
Dr. Giulliano Luchi www.otoclinicaluchi.com.br