Crescimento craniofacial das crianças: a importância de acompanhar
Aos 4 anos 60% do crescimento facial já está completo. Aos 7 anos, 70% e aos 12 anos 90% do total do futuro crescimento facial já se completaram. Esse é um dado absolutamente relevante para a compreensão dos pais da necessidade de procurar um Ortodontista na infância.
Os tratamentos interceptativos que atuam no crescimento ósseo facial só podem ser realizados na fase de crescimento.
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Se essa “janela” for perdida, alterações importantes podem necessitar de intervenções cirúrgicas no futuro. Avaliando de maneira periódica o crescimento facial, podemos determinar a melhor época para o início do tratamento.
Isso significa que a idade ideal para uma primeira avaliação com o Ortodontista seja por volta dos 6 anos de idade. Após isso, o profissional determinará a necessidade de retornos e de quanto em quanto tempo será necessário ver a criança novamente.
Nestas consultas o especialista avaliará a presença de anormalidades no padrão de crescimento facial, o posicionamento dos dentes, a presença de hábitos que possam interferir negativamente, avaliará fala, deglutição e respiração, observando se as mesmas também podem causar problemas no crescimento craniofacial.
Durante o período de crescimento craniofacial, observa-se que existe estreita correlação entre a base anterior do crânio, os ossos maxilares, os dentes, os músculos, língua e tecidos moles da face.
As meninas podem cessar o crescimento mais precocemente que os meninos e, portanto, em alguns casos devem ser tratadas mais precocemente do que os meninos, facilitando a compreensão dos pais de que possivelmente uma filha com idade inferior deverá ser tratada antes de um filho que é mais velho.
Algumas más oclusões importantes devem ser diagnosticadas o mais precocemente possível. A correção da mordida aberta por exemplo evita que se torne futuramente uma mordida aberta esquelética, que demande tratamentos mais complexos.
O especialista estará atento às modificações relacionadas ao crescimento para decidir entre intervir precocemente ou simplesmente acompanhar os estágios deste processo. O setor biomédico da renomada Universidade de Harvard (EUA) nos informa que, entre adolescentes, 92% daqueles entre 15 e 17 anos, responderam, em pesquisa efetuada, que gostariam de efetuar alguma mudança em relação à forma corporal.
E a face – o rosto – neste contexto, assume uma significado especial, com absoluta predominância sobre a preocupação dos mesmos em relação aos defeitos no restante do corpo.
A mesma pesquisa revelou, que 72% dos adolescentes em geral – portadores de anomalias dentofaciais (questões ortodônticas) – evitavam participar de atividades corriqueiras tais como ir à escola, a uma festa, à academia, ao clube ou mesmo dar uma opinião em seu grupo de amigos, pelo fato de não estarem se sentindo bem com a própria aparência, principalmente de seu rosto. Isso demonstra que a aparência impacta de maneira decisiva na auto estima desses jovens.