Descubra a importância de manter a boa saúde bucal durante a gestação
A manutenção da saúde bucal durante a gestação é fundamental para a saúde feminina. Porém, esta vem sendo pouco abordada nas políticas de atenção à saúde das gestantes no Brasil. Grande parte da população não tem acesso a informações ou desconhecem as alterações bucais características deste período.
O acompanhamento da gestante pelo dentista é necessário por esta representar um grupo de risco para doenças bucais. É fundamental em todas as fases da gestação e deve ser integrado entre os diferentes níveis de cuidado que incluem prevenção, tratamentos curativos, e de educação em saúde, conscientizando a gestante no cuidado com sua saúde bucal para prevenir problemas que possam afetar a gestação e a saúde do bebê que está para chegar.
O período ideal e mais seguro para o tratamento odontológico é durante o segundo trimestre da gestação). No entanto, se a gestante necessitar de tratamento de urgência e emergência, esses devem ser realizados de forma segura pelo dentista, em qualquer época da gravidez. Procedimentos odontológicos como extrações de dentes não complicadas, tratamentos periodontal (gengiva) e endodôntico (canal), restaurações dentárias, instalação de próteses e outros devem ser realizados preferencialmente no segundo trimestre. Raspagem supra gengival (remoção do tártaro e limpeza) e controle de placa com higiene bucal reforçada podem ser realizados durante qualquer trimestre.
Já os tratamentos eletivos como as reabilitações bucais extensas (próteses fixas, lentes de contato, implantes…) e as cirurgias mais invasivas podem ser programados para o período de pós-parto sempre que possível. O uso de aparelho ortodôntico não apresenta nenhuma contra indicação.
Pelo fato de apresentarem alterações físicas, biológicas e hormonais que acabam por criar condições diferentes no meio bucal, as gravidinhas são consideradas pacientes especiais.
Existem fortes evidências da associação entre a doença periodontal (que acomete a gengiva e estruturas de suporte dos dentes) e a prematuridade e o baixo peso do bebê ao nascer. Os microrganismos presentes na placa bacteriana estimulam a produção de prostaglandina, a qual pode provocar contrações do útero, acelerando o trabalho de parto. Além disso, o aumento na produção de hormônios favorece a gengivite. As variações hormonais promovem uma dilatação dos vasos sanguíneos, provocando uma resposta exagerada dos tecidos gengivais.
É mito que gestantes desenvolvem mais lesões de cárie porque perdem minerais como o cálcio para formação dos dentes do bebê. O cálcio necessário para a formação dos dentes provém da alimentação materna, não havendo nenhum processo de perda de minerais dos dentes das gestantes.
Porém, a gestação favorece o surgimento de cáries já que ocorrem alterações hormonais que causam diminuição do fluxo salivar, favorecendo assim, a incidência de cáries. Além disso, algumas gestantes diminuem as escovações diárias por se sentirem enjoadas com o sabor da pasta de dentes.
Considerando tudo isso, é fundamental que a gestante faça o devido acompanhamento odontológico durante a gestação, com o objetivo de proteger a gestação, promover a saúde bucal da mãe e a sensibilização com o cuidado relacionado a saúde bucal do bebê que está para chegar!
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