Diabetes gestacional e risco cardiovascular; entenda a relação
Diabetes gestacional (DG) é a alteração metabólica mais comum da gravidez, atingindo cerca de 3-25% das gestações, dependendo do grupo étnico e métodos de diagnóstico utilizado. O rastreamento precoce no pré-natal é essencial para evitar complicações materna e fetal.
Uma vez realizado o diagnóstico de DG, orientação nutricional e exercício físico são o tratamento inicial, visando controle glicêmico. A terapia medicamentosa é instituída se houver falha no controle metabólico com as mudanças do estilo de vida.
Sabe-se que o aparecimento de diabetes gestacional aumenta o risco de diabetes mellitus tipo 2 no futuro, esse risco é até 7 vezes maior que na população geral. O diabetes tipo 2 já é um fator de risco bem estabelecido para doença cardiovascular, porém os estudos evidenciam que mesmo aquelas gestantes que tiveram diabetes gestacional e não desenvolveram diabetes tipo 2 tem o risco aumentado de doenças cardiovasculares, duas vezes maior do que as mulheres que nunca apresentaram essa alteração metabólica.
O aumento da resistência insulínica e a disfunção do endotélio, em gestantes que tiveram DG, serve como marcador de risco de evento cardiovascular futuro. Logo, devemos valorizar esse dado na anamnese das nossas pacientes e acompanhar essa população de forma mais cuidadosa.
LEIA TAMBÉM: Dia Mundial da Voz: saiba como cuidar melhor da sua saúde vocal