Do sonho a realidade: barriga solidária como alternativa para a reprodução
Recentemente, a história de Eleusa de Lacerda e de sua sobrinha, Keila Silva, viralizou em nosso país: aos 61 anos, Eleusa aceitou ser barriga solidária de Keila e do marido dela, Elias, para que a sobrinha realizasse o sonho de ser mãe.
Keila nasceu com útero rudimentar, uma condição que a impossibilita de engravidar. No entanto, os ovários de Keila eram saudáveis e permitiram que os óvulos dela fossem fertilizados com o sêmen do marido. O bebê, batizado de Isaac, nasceu no dia 06 de novembro, em Goiânia.
MAS VOCÊ SABE O QUE É BARRIGA SOLIDÁRIA?
O termo “barriga solidária” é um apelido carinhoso para a técnica de “útero de substituição”, uma possibilidade da Reprodução Humana para mulheres com ausência de útero, defeitos congênitos, doenças com alto risco de morte durante a gestação, casais homoafetivos, homens solteiros, entre outros casos, para terem um filho.
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No Brasil, é seguida a Resolução de nº 2.320/22, do Conselho Federal de Medicina (CFM), que diz que a prática pode ser realizada por parentes consanguíneos de até quarto grau de um dos parceiros ou mediante autorização de excepcionalidade feita ao Conselho Regional de Medicina de cada estado, caso não haja grau de parentesco.
As chances de sucesso são as mesmas da fertilização in vitro, variando de acordo com a idade do óvulo. Embora não seja recomendado pelo Conselho Federal de Medicina engravidar após os 50 anos, existem exceções e os riscos devem ser bem avaliados pelo médico e discutidos com a paciente, como no caso da paciente Eleusa, em que foram necessárias diversas etapas para que o Conselho Regional de Medicina de Goiás aprovasse o processo.
Mulheres que têm um estilo de vida saudável e não possuem comorbidades, tendem a ter uma gestação com menor taxa de intercorrências, mas é necessário um acompanhamento pré-natal rigoroso para maior segurança da mãe e do bebê.