Fertilidade feminina: saiba como funciona o estoque de óvulos
Muitas mulheres têm dúvidas ou sequer sabem como funciona a reserva ovariana, um indicador importante da fertilidade feminina, que influencia diretamente tanto na capacidade de concepção natural quanto no sucesso de tratamentos de reprodução assistida, como a fertilização in vitro (FIV).
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Ela refere-se à quantidade e qualidade dos óvulos presentes nos ovários de uma mulher e pode ser comparada a um armário com gavetas onde ficam guardados os folículos que armazenam os óvulos.
A mulher já nasce com uma reserva ovariana determinada pela quantidade de folículos ovarianos produzidos enquanto ela está sendo gerada no útero materno. Todos os meses uma “gaveta” se abre e libera vários folículos, desde a vida uterina, de forma que não é possível reabastecer a gaveta que já se abriu.
A cada mês uma nova “gaveta” se abre, de forma que o estoque vai diminuindo progressivamente. Esse processo acontece mesmo que a mulher use anticoncepcional, não menstrue ou esteja grávida e é denominado atresia folicular.
Não há nenhum exame que indique a quantidade exata de folículos ainda existem no estoque, mas a reserva ovariana pode ser estimada por meio de quatro marcadores: idade feminina, Hormônio Antimulleriano (AMH), Hormônio Folículo estimulante (FSH) e Contagem dos folículos antrais.
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Além da quantidade de óvulos, outro fator relevante é a sua qualidade, pois sabemos que os óvulos sofrem um envelhecimento com o passar dos anos. A idade feminina é o principal indicador da qualidade dos óvulos. Se os marcadores indicarem uma boa reserva ovariana, a mulher tem maiores chances de engravidar.
A partir dos 30 anos, os óvulos já começam a apresentar perda de qualidade, processo que se intensifica após 38 anos. Por isso, é importante pensar na maternidade por volta dos 30 anos, uma vez que existe a possibilidade do congelamento dos óvulos, o que permitirá a gravidez em idade mais tardia com óvulos jovens, mais saudáveis e com maior potencial de sucesso.