Infertilidade: Vamos lutar juntos para vencê-la!

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Dra. Layza Merizio Borges

Certamente você já notou que as mulheres têm postergado cada vez mais a gestação, não é mesmo? Isso ocorre principalmente pela entrada da mulher no mercado de trabalho, o que a leva a se dedicar mais intensamente à formação profissional em detrimento dos planos da maternidade. O problema é que a fertilidade feminina diminui ao longo dos anos, sendo essa redução mais proeminente após os 35 anos, idade em que o desejo de ser mãe começa a ganhar espaço.

A redução da fertilidade feminina ocorre porque as mulheres já nascem com uma reserva ovariana determinada, que não se renova, e que é consumida continuamente após a puberdade, levando à queda da quantidade de óvulos nos ovários com o passar dos anos. Paralelamente, ocorre um envelhecimento dos óvulos ainda armazenados o que causa impacto na qualidade dos óvulos, aumentando o risco de síndromes cromossômicas embrionárias.

É possível engravidar mais tarde?

Felizmente, a medicina reprodutiva apresenta uma técnica capaz de preservar a fertilidade feminina, permitindo que a mulher engravide mais tarde com óvulos mais jovens. Esta técnica consiste no congelamento de óvulos e recomenda-se que seja realizada antes dos 35 anos.

Porém, a idade não interfere apenas na fertilidade feminina. Pesquisas recentes demonstram que, embora o homem continue produzindo espermatozoides por toda a vida, o avanço da idade masculina pode interferir na fertilidade e elevar alguns riscos na prole, como prematuridade e autismo. Dessa forma, a infertilidade tem se tornado muito frequente em nosso meio. Ela incide em cerca de 25% dos casais em idade fértil e é diagnosticada quando o casal está tentando engravidar há mais de um ano sem sucesso (6 meses quando a idade feminina é inferior a 35 anos).

Em relação aos fatores de infertilidade, além da idade, os mais frequentes são:

Uterino;
Ovariano;
Tubário;
Endometriose;
Síndrome do ovário policístico (mulheres);
Alterações seminais por infeções ou varicocele (homens).

Outros fatores cada vez mais valorizados são estilo de vida inadequado, uso de medicamentos e anabolizantes/ hormônios. O casal que apresenta dificuldade em engravidar deve ser breve em buscar a ajuda de um médico especialista em Reprodução Humana para investigar as possíveis causas de infertilidade e propor o tratamento mais indicado.

Graças à tecnologia, os tratamentos evoluem a cada dia, para tornar cada vez mais alcançável o sonho de se ter um filho. Eles se resumem em três tipos principais: Coito programado, Inseminação Intra-Uterina (IIU), Fertilização in vitro (FIV) – tradicional ou com Injeção Intra-Citoplasmática de Espermatozóides (ICSI).

Por serem tratamentos específicos e demandarem de centros avançados, os tratamentos devem ser realizados por um especialista em Reprodução Assistida em uma clínica de reprodução com estrutura robusta. Com as armas corretas e a equipe adequada podemos lutar juntos para vencer a infertilidade!

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Dra. Layza Merizio Borges

Médica. Mestre (IAMSPE-SP) e Doutora (UNIFESP) em Reprodução Assistida. Título de Especialista em Reprodução Assistida pela Associação Médica Brasileira e pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Membro internacional da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia (ESHRE). Membro efetivo da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH) e de Reprodução Assistida (SBRA). Responsável Técnica do Instituto de Medicina Reprodutiva. @medicinareprodutiva