Saiba como os problemas no fígado podem afetar o seu coração
Vivemos uma epidemia de sobrepeso e obesidade e paralelo a isso notamos um aumento crescente do depósito de gordura no fígado, também chamada de esteatose hepática, gordura visceral.
O exame que inicialmente detecta a presença da esteatose hepática é a ultrassonografia de abdome, um exame sem riscos, não invasivo. Esse depósito de gordura gera uma inflamação local e também sistêmica. No fígado, pode levar a destruição de suas células, desenvolvendo fibrose que por fim pode chegar a cirrose.
Avaliar o grau de fibrose é importante para diagnóstico e seguimento. O exame realizado com esse objetivo é a elastografia hepática, um exame que se assemelha a ultrassonografia, rápido, indolor e não invasivo.
Porém, os riscos da esteatose hepática não são somente para o fígado, diversas alterações metabólicas são desencadeadas como o aumento de circulação de proteínas inflamatórias, aumento da resistência a insulina, aumento do estresse oxidativo, disfunção endotelial e dislipidemia (alterações de colesterol e triglicérides). Estas alterações, em conjunto, favorecem a formação de placas de gordura nos vasos, aumentando a incidência de doença cardiovascular.
Alguns estudos demonstram um aumento de até 50% a chance de desenvolver insuficiência cardíaca nos pacientes portadores de esteatose hepática.
Logo, não podemos considerar a esteatose hepática como “só uma gordurinha”, e nem normalizar esse fator de risco dizendo “todo mundo tem”. Precisamos buscar o seu tratamento, e o principal foco é a mudança do estilo de vida, mesmo pequena perda de peso já faz toda diferença.
Não fique parado!
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