Tenho tontura na montanha-russa; como posso me divertir no parque?

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Dr. Giulliano Luchi

As montanhas-russas são uma atração popular nos parques de diversões, oferecendo emoções intensas e adrenalina a seus passageiros. No entanto, para algumas pessoas, essa experiência pode ser acompanhada de tontura e desconforto.

A tontura causada por montanhas-russas é um sintoma que envolve fatores fisiológicos, sensoriais e psicológicos. Compreender as causas dessa tontura e as maneiras de controlá-la pode ajudar os entusiastas de montanhas-russas a aproveitar essas atrações de forma mais segura e agradável.

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A tontura ao andar de montanha-russa pode ser explicada por vários mecanismos que envolvem o sistema vestibular, o sistema visual e a percepção sensorial geral. Os principais fatores incluem:

– O Sistema vestibular, localizado no ouvido interno, é responsável pelo equilíbrio e pela percepção do movimento. Quando uma pessoa está em uma montanha-russa, as rápidas acelerações, desacelerações e mudanças de direção podem sobrecarregar o sistema vestibular.

Esse conflito entre a percepção interna de movimento e a realidade externa pode causar uma sensação de desorientação e tontura.

– Conflito sensorial pode ser originado quando o cérebro recebe informações conflitantes do sistema vestibular e do sistema visual durante a experiência na montanha-russa. Por exemplo, enquanto o corpo sente mudanças bruscas de velocidade e direção, os olhos podem estar focados em um ponto fixo. Esse conflito entre o que é percebido pelo corpo e o que é visto pelos olhos pode levar à tontura.

– Fatores psicológicos como ansiedade e o medo associados às montanhas-russas também podem contribuir para a sensação de tontura. A antecipação do movimento intenso e a altura podem aumentar a liberação de adrenalina e outros hormônios do estresse, exacerbando a resposta física ao movimento.

A tontura causada por montanhas-russas pode variar em intensidade e ser acompanhada por outros sintomas, como náusea e vômito, dores de cabeça, causadas pelos movimentos bruscos e tensão física, sensação de desorientação e fadiga, que podem durar alguns minutos ou até horas após o passeio.

Embora qualquer pessoa possa experimentar tontura em uma montanha-russa, alguns grupos são mais suscetíveis:

Crianças e idosos, pois o sistema vestibular em desenvolvimento de crianças e o sistema vestibular enfraquecido em idosos podem ser mais vulneráveis às forças extremas das montanhas-russas.

Pessoas com problemas de saúde preexistentes, com condições como enxaqueca, labirintite ou outras disfunções vestibulares têm maior probabilidade de sentir tontura.

Pessoas com ansiedade podem encontrar uma resposta aumentada ao estresse e ao medo durante o passeio.

Existem várias estratégias que podem ajudar a minimizar a tontura ao andar de montanha-russa:

1. Optar por montanhas-russas com movimentos mais suaves e menos extremos pode reduzir a probabilidade de tontura. Evitar montanhas-russas com muitas inversões ou giros rápidos pode ser benéfico.

2. Manter os olhos abertos e focar em um ponto fixo no horizonte pode ajudar a reduzir o conflito sensorial entre o sistema vestibular e o sistema visual.

3. Sentar-se ereto e manter a cabeça firmemente encostada no encosto do assento pode ajudar a estabilizar o corpo durante o movimento.

4. Movimentos de respiração profunda e controlada podem ajudar a reduzir a ansiedade e o estresse durante o passeio.

5. Para aqueles que sabem que são propensos à tontura, medicamentos antieméticos ou anti-histamínicos podem ser usados sob orientação médica antes de andar na montanha-russa, reduzindo a ocorrência dos sintomas.

Se a tontura ocorrer após andar de montanha-russa, é importante seguir algumas medidas para recuperação mais rápida, como sentar ou deitar em um local tranquilo e confortável, beber água, evitar movimentos bruscos do corpo e consumir alimentos leves e fáceis de digerir.

A tontura causada por montanhas-russas é uma experiência comum, mas compreendendo os mecanismos envolvidos e adotando medidas preventivas, é possível minimizar seu impacto.

Com um pouco de planejamento e precaução, os amantes de montanhas-russas podem continuar a buscar emoções sem sacrificar seu conforto e bem-estar.

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Dr. Giulliano Luchi

Médico. Mestre e Doutor em Otorrinolaringologia. Professor de Otorrinolaringologia da Universidade Federal do Espírito Santo. Título de especialista pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial. Membro internacional da Academia Americana de Otorrinolaringologia. MBA em gestão de negócios em Saúde. Formação em Mentoring, Coaching e Advice. @otoclinica_giulliano_luchi