Terapia hormonal e risco cardiovascular: a importância da via de administração
A terapia de reposicão hormonal (TRH) é amplamente utilizada para aliviar os sintomas da menopausa e previnir a osteoporose. No entanto, é crucial entender as implicações cardiovasculares associadas a essa terapia, especialmente em relação às vias de de administração dos hormônios.
Existem várias formas de administração da TRH, cada uma com suas próprias características e implicações para a saúde cardiovascular :
1. Oral : a administração oral é a forma mais comum de TRH. Os estrogênios e progesterona são tomados em forma de pílulas. É uma via prática, porém apresenta uma primeira passagem pelo fígado, que pode influenciar a coagulação sanguínea e os níveis de lipidios.
2. Transdérmica: aplicada como gel ou adesivo, libera hormônios diretamente na corrente sanguínea, evita a passagem óleo fígado, logo, está associada a um menor risco de trombose comparada a via oral.
3. Intravaginal: cremes, anéis e comprimidos vaginais liberam hormônios localmente. Essa via geralmente é usada para tratar sintomas urogenitais, como ressecamento vaginal, com menor exposição sistêmica aos hormônios, reduzindo o risco cardiovascular.
A relação entre TRH e risco cardiovascular é complexa e depende de vários fatores, incluindo a via de administração.
A decisão sobre a via de administração deve ser individualizada, levando em consideração as queixas da paciente e seu risco cardiovascular.
Mulheres interessadas na TRH devem consultar um cardiologista e um ginecologista para discutir as opções mais seguras e eficazes, garantindo equilíbrio entre alívio dos sintomas da menopausa e proteção cardiovascular.