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Vitória é a capital brasileira mais bem avaliada em termos de acesso à saúde. O dado é da 5ª edição do Ranking de Competitividade dos Municípios, que analisou dados de 2024 de 404 municípios brasileiros com população acima de 80 mil habitantes.
Em relação a todas as cidades analisadas, a capital do Espírito Santo ocupa a 22ª posição, com 75,27 pontos. No ano anterior, Vitória estava em 50º lugar.
Apesar da colocação de destaque no acesso à saúde, no ranking de qualidade da saúde o município capixaba ficou em 122º lugar. Entre as capitais, Vitória é a 5ª melhor, ficando atrás de Florianópolis, Belo Horizonte, São Paulo e Porto Alegre.
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O estudo analisa diversos indicadores oficiais para comparar e classificar os municípios brasileiros.
Para monitorar o acesso à saúde, são observados dados que medem:
- cobertura da atenção primária;
- cobertura de saúde suplementar;
- cobertura vacinal;
- atendimento pré-natal.
Já para analisar a qualidade dos serviços de saúde, são coletadas informações sobre:
- mortalidade materna;
- desnutrição na infância;
- obesidade na infância;
- mortalidade na infância;
- mortalidade por causas evitáveis.
A Secretaria de Saúde de Vitória vinculou a colocação da Capital em relação ao acesso de saúde às mais de 9,6 milhões de ações em saúde – atendimentos, procedimentos e outros serviços – realizadas em 2024 e ao investimento de recursos por pessoa, que chegou a R$ 1.577,55.
“Esse resultado reforça o comprometimento da capital capixaba com a saúde pública, garantindo acesso eficiente e inovador aos cuidados essenciais”, disse o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini.
Segundo a secretária da pasta, Magda Lamborghini, Vitória tem trabalhado para fortalecer programas que têm o objetivo de promover a qualidade dos serviços e ampliar o acesso da população à saúde.
Estamos intensificando os programas educacionais de prevenção e a atuação multi e interdisciplinar voltada para doenças crônicas não transmissíveis, bem como ampliando os módulos do Serviço de Orientação ao Exercício (SOE), para garantir maior qualidade de vida aos moradores da Capital.
Entre eles, está o incentivo à vacinação. Segundo dados da secretaria, só no ano passado foram aplicadas mais de 380 mil doses de imunizantes na cidade.
Além disso, para Lamborghini, a ampliação do horário de funcionamento de unidades de saúde ajudou a proporcionar o maior acesso da população aos serviços.
“Vitória ampliou o horário de funcionamento das unidades de saúde, que agora também atendem aos sábados, domingos e feriados”, afirma ela.
Questionada sobre o índice da qualidade da área, a secretária disse que é um desafio e é necessária a integração com outras pastas para avançar nos indicadores.
“É o grande desafio da saúde, porque nada se esgota, tudo está em construção. Para melhorar a qualidade, precisamos de diversas ações, porque a qualidade não é responsabilidade só da saúde. São muitas questões envolvidas, segurança, esporte…”, argumenta ela.
A secretaria também ressalta a importância de ações como o Programa Saúde na Escola (PSE), “que visa contribuir para a formação integral dos estudantes, por meio de ações de promoção da saúde e prevenção”.
Neste ano, a fim de ampliar o acesso da população à saúde municipal e avançar neste quesito, Lamborghini disse que a prefeitura vai assinar, em breve, o contrato para viabilizar a construção da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no bairro Forte São João. Segundo ela, “a obra tem prazo de 540 dias para execução após a assinatura da ordem de serviço”.
“O projeto prevê um estabelecimento de suporte nível 3, o maior e mais complexo nível para uma UPA. Ao todo, a nova UPA terá 10 consultórios e 35 leitos para pacientes em observação”, explica a secretária.