
É muito comum entre as crianças o hábito de “andar nas pontas dos pés”. A princípio, ele atinge bebês que estão desenvolvendo seus primeiros passinhos e se agrava quando a idade avança e a criança continua andando do mesmo jeito.
O ortopedista e diretor regional do Estado da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé, Jorge Kriger explica que o hábito de caminhar nas pontas dos pés é frequente nas crianças, podendo atingir em torno de 25% do público infantil e tem resolução espontânea na maioria dos casos.
Assim, considera-se que a marcha equina idiopática venha a ser aquela persistente, em crianças acima dos dois anos de idade e que consigam colocar o calcanhar no chão, porém trata-se de uma normalidade, crianças saudáveis podem andar dessa forma. Na maioria das vezes isso é temporário, ocorre por causa da imaturidade do sistema nervoso central.
Na avaliação, deve se ter maior atenção para sinais de doenças precoces, como paralisia cerebral, distrofia muscular congênita e perturbações do espectro do autismo.
O tratamento é realizado de acordo com o grau de equinismo, passando por tratamentos conservadores como: fisioterapia, talas, órteses, modificações dos calçados ou tratamentos mais invasivos, sendo necessário o uso de gesso em série, aplicação de toxina botulínica ou cirurgia.