Dormir é bom, e quem não gosta? Além da maravilhosa sensação de descanso e relaxamento, dormir é importante para vários aspectos da vida do ser humano. Uma pesquisa recente realizada pela Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, mostra que dormir menos que o recomendado aumenta as chances de ingestão de alimentos mais calóricos.
De acordo com a pneumologista e especialista em Medicina do Sono, Jéssica Polese, “geralmente, sete horas de sono é o mínimo indicado pela Academia Americana de Medicina do Sono para adultos”, afirma.
“Se o indivíduo dorme menos, ou tem interrupções de sono e uma noite mal dormida isto pode afetar diversas ações ao longo do dia, entre elas o aumento do apetite”, explica a especialista.
O cérebro entende que precisa de energia, devido aos hormônios que são responsáveis pela fome e saciedade, a grelina e a leptina.
“A grelina induz o apetite e a leptina reduz a vontade de comer. Com o sono alterado a leptina tem seu funcionamento alterado e o estímulo para comer aumenta, originando assim o aumento do peso”, explica Jéssica.
Além disso, a melatonina – que é produzida pela glândula pineal encontrada no cérebro somente à noite – é responsável pela programação do nosso corpo na hora de dormir: aumentando o sono, diminuindo a fome, reduzindo a pressão arterial, promovendo todas as mudanças necessárias para o período de descanso.
“Quando não há este repouso, o corpo não consegue entender se é dia ou noite, então é mantida a fisiologia do dia, o que provoca fome e ingestão de alimentos. Procure tentar dormir bem, pelo tempo que faz bem à você, e sem trocar a noite pelo dia, caso possa, cuide de sua saúde”, afirma a especialista em Medicina do Sono.