De acordo com a Nutricinosta Cleide Kriger, acredita-se que após certo período em jejum, o organismo teria menos carboidratos disponíveis, e durante um exercício teria uma necessidade elevada de energia utilizando uma quantidade maior de gordura como ‘combustível’.
Porém, com menos carboidratos, o desempenho fica prejudicado, comprometendo o gasto calórico da atividade, gerando um rendimento e perda de peso menores.
Kriger ainda explica que na carência dos carboidratos, o organismo utilizará proteínas para produção de energia, consumindo massa magra, e comprometendo o nível de glicose no sangue, podendo provocar mal-estar, tontura e até um desmaio ou perda de consciência, colocando a saúde em risco.
Portanto, observa-se que a alteração da composição corporal e diferenças de peso através do treinamento em jejum, deve-se em grande parte para a redução de massa magra e à perda de água, nada interessantes para quem visa a diminuição do percentual de gordura corporal com consequente perda de peso.
A ingestão de alimentos adequados antes da prática de exercícios físicos, além de evitar episódios de hipoglicemia, promove a energia necessária para a prática esportiva.
O personal trainer Igor Carvalho alerta que, além da prática não ser saudável, o praticante de atividade física não irá de fato queimar mais gorduras, o que na verdade irá acontecer é hipoglicemia, que ocorre quando há grande produção de corpos cetônicos, responsáveis pela acidose metabólica, que dá aquele hálito de acetona na boca e, consequentemente, fadiga muscular, queda de rendimento, náuseas e vertigens.
Além disso, Igor ressalta que independente do interesse, seja ganhar ou perder peso, a perda de massa magra nunca será interessante para o aluno, que é o que ocorre nesses casos de prática de atividade em jejum. Na balança pode até ter a redução do peso, porém, é apenas impressão. Ter uma boa alimentação e um treinamento correto com ajuda de profissionais sempre irá ajudar a chegar nos objetivos finais.