Educação

Autonomia dos professores: quais os limites da interferência dos pais na rotina escolar?

Autonomia do professores

Uma discussão permanente no âmbito escolar é sobre a autonomia dos professores: como encontrar o equilíbrio certo de engajamento dos pais com as atividades internas da escola dos filhos.

O sucesso de uma proposta pedagógica de ensino vai depender da confiança que os pais e os familiares dos alunos depositam no quadro docente. Isso porque no início da vida escolar e coletiva se espera que os pequenos aprendam a gerenciar suas emoções, condutas e poder de aprendizagem sem a ajuda direta dos pais.

“Esse primeiro contato com a escola é um momento especialmente desafiador, quando as referências da criança passam a ser pessoas que irão educá-la para um universo totalmente diferente do ambiente familiar”, explica a educadora e diretora da Escola Interpares, Dayse Campos.

Quando os pais permitem que as crianças adquiram essas experiências e interações, eles estão, portanto, incentivando a execução do planejamento pedagógico e a autonomia dos professores.

Essa liberdade de trabalho se torna ainda mais essencial diante de uma proposta pedagógico que estimula a interação social e como instrumento de aprendizagem e desenvolvimento.

Autonomia dos professores e o papel da família

A presença dos pais na educação dos filhos sempre foi uma recomendação para melhorar o desempenho nas atividades escolares. Entretanto, existe uma sutil diferença entre engajamento e controle, especialmente quando se tira a autonomia dos professores.

Dessa forma, é importante que os pais dos alunos tenham em mente:

  • Conhecer bem a proposta pedagógica e linha de ensino da escola antes de matricular o filho;
  • Participe das atividades sempre que for convidado;
  • Dê espaço e autonomia para os professores realizarem as atividades planejadas de acordo com a idade e nível escolar da criança;
  • Não forçar a criança a fazer algo que ainda não está pronta, algo muito visível no momento da leitura e escrita;
  • Não faça críticas à escola e/ou educadores na frente da criança;
  • Experimente dar espaço para a criança desenvolver o seu próprio protagonismo na escola;
  • Evite a proteção excessiva da criança;
  • Incentive a criança a conviver e se comunicar com todos;
  • Permita, dê liberdade à escola de mostrar a pluralidade de perspectivas sobre o mundo;
  • Errar faz parte do processo de desenvolvimento e amadurecimento emocional;
  • Sujar as mãos, as roupas etc. faz parte do processo criativo e de descoberta do mundo. Seja mais tolerante.

Quando os pais permitem que as crianças tenham autonomia, então elas estão incentivando atitudes de liderança e mostrando que a independência faz parte do crescimento saudável.

“Esta é uma mudança muito importante, quando os pais aprendem o momento de recuar e confiam na escola que escolheram para educar seus filhos”, explica Dayse Campos.

Além disso, a educadora complementa, lembrando que a escola deve proporcionar um ambiente transparente para a conversa franca e até mesmo dar espaço para divergências.

“A escola também pode errar e o diálogo aberto com a família sempre será essencial para uma relação forte e saudável. Isso porque só vai beneficiar o desenvolvimento escolar e emocional da criança”, finaliza a educadora.

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