O coordenador adjunto do curso de Medicina da Faculdade Uninassau, Éder Júlio Rocha de Almeida, criou o aplicativo “Socorro com as mãos”, uma solução inovadora para permitir que pessoas surdas e mudas possam pedir socorro em situações de emergência.
O projeto surgiu da constatação de que muitos deficientes auditivos enfrentam dificuldades para acessar serviços de emergência, como SAMU, Polícia e Bombeiros, que dependem exclusivamente da comunicação telefônica.
“Alguns cliques podem salvar uma vida”, disse professor.
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Como funciona o aplicativo
O aplicativo “Socorro com as mãos”, foi desenvolvido com a proposta de ser simples e acessível para todas as idades, incluindo até pessoas que não sabem ler.
Ao abrir o aplicativo, o usuário encontra ícones que representam diferentes situações de emergência, como parada cardíaca, afogamento, acidente de trânsito, entre outras.
Com apenas alguns cliques, a pessoa pode solicitar ajuda imediata, seja do SAMU ou de outros serviços de emergência.
Após o cadastro no aplicativo, o usuário escolhe o serviço desejado e preenche informações básicas de saúde. Se o atendimento for pelo SUS, o usuário é direcionado para a página correspondente.
Caso contrário, a opção de atendimento particular também está disponível. Além disso, um código de validação é gerado pela Sociedade Brasileira de Surdos para garantir que o usuário tem direito ao uso do aplicativo.
Esse aplicativo é mais que uma tecnologia; é um passo essencial para garantir que pessoas surdas e mudas possam ser atendidas em emergências. Alguns cliques podem salvar uma vida, reforça Almeida.
“Socorro com as mãos” já rendeu até prêmios
O projeto já rendeu ao professor diversos títulos e premiações pelo desenvolvimento de uma ferramenta que amplia o acesso ao socorro para uma parcela significativa da população.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Surdos, o Brasil possui cerca de 28 milhões de pessoas com deficiência auditiva, muitas delas sem acesso aos serviços de emergência, que funcionam apenas por chamadas telefônicas.
Em Belo Horizonte e Vitória, o aplicativo está em negociação com prefeituras e secretarias para viabilizar sua implantação. O professor destaca a relevância de parcerias públicas para levar o projeto a todo o país.