A importância do professor em nossa formação – em qualquer fase da vida – é inquestionável, ele é uma espécie de influenciador. Certamente ao ler este texto, virá a sua memória algum que tenha marcado de alguma forma. Desde o professor ainda na educação infantil, que ajudava a formar as primeiras sílabas, até o mestre que lecionava sua matéria preferida na universidade. Todos contribuíram para a formação pedagógica, o pensamento crítico e até mesmo para enxergar o mundo de forma diferente.
No entanto, é inegável, também, que a tecnologia vem transformando a educação. E não só apenas pelo uso de computadores e outros dispositivos, mas também nas metodologias aplicadas. Se antes o professor era um centralizador de conteúdo, que detinha todas as informações, há hoje a tendência desse conteúdo ser mais facilmente adquirido, com poucos cliques e rápido acesso à informação. Cliques esses que podem, também rapidamente, refutar algo, confrontar dados e saberes. O aluno passou a ter foco e protagonismo em seu próprio processo de aprendizagem e deixou de ser um agente passivo.
Não se trata, entretanto, de diminuir a participação do professor ou de torná-la menos importante quando o assunto é construir o saber. É sim fazê-lo a chave para o sucesso do aprendizado, desde que esteja preparado para a realidade dos nativos digitais e que entenda que a aula no formato tradicional não funciona mais.
É totalmente possível que esse aluno assista a vídeos na internet, faça buscas e pesquisas, agregando essas fontes em um único conhecimento. Isso tornará a aula ainda mais cativante para o estudante, que já nasceu totalmente inserido em um ambiente tecnológico.
Professor influenciador: destaque no processo de aprendizagem
Yan Navarro, diretor acadêmico da rede Luminova, destaca o princípio didático de que o professor não ensina. Ele é o influenciador da aprendizagem, é o incentivador e o ativador do aprender. Esse momento põe em evidência o modo como o aluno compreende e assimila os conteúdos.
“O professor acompanhará seus alunos em situações em que o ‘aprender a aprender’ de cada um poderá ser descoberto. Os estudantes, então, desenvolverão habilidades e operações de pensamento significativas – identificar, selecionar, comparar, experimentar, analisar, concluir, solucionar problemas, buscando suas próprias soluções”, comenta o pedagogo.
A ideia é que o professor seja o influenciador e o conteúdo seja o meio, juntamente com a tecnologia para aquisição da aprendizagem, ou seja, o objetivo é aprender habilidades e competências.
“Utilizamos conteúdos para aquisição de habilidades, transformando-os em um verdadeiro laboratório de novos saberes, onde aprender é uma simples consequência do fazer. O papel do professor, neste novo modelo de ensino, é ser o adulto do processo, o que delimita e orienta os passos para que o aluno caminhe por si só”, finaliza Navarro.
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