Trabalho

Entenda o que é "job hopping" e veja estratégias para demissões na sua empresa

Pesquisas apontam que as novas gerações estão mais atentas aos planos de carreiras e aos incentivos e benefícios oferecidos pelas empresas

Gabriel Barros

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução/Pexels

Você já ouviu falar em “job hopping”? O termo em inglês refere-se a prática de troca de emprego. O tema tem ganhado destaque nos últimos meses no meio corporativo.

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No fenômeno, mais recorrente entre pessoas das novas gerações, trabalhadores trocam de empresas em curtos período de tempo. Dados divulgados pelo Ministério do Trabalho no início desse ano apontam que o tempo médio da maioria dos colaboradores brasileiros em um mesmo emprego não chega a dois anos.

A tendência tem preocupado gestores e profissionais da área de recursos humanos, que buscam soluções para frear esse tipo de demissão nas empresas. 

Incentivos aos profissionais é fator decisivo no desejo de buscar novas experiências profissionais

Um estudo realizado pela Up Brasil aponta que os incentivos aos colaboradores são determinantes na hora de um profissional avaliar o emprego. Eles também são decisivos na tomada de decisão pela busca de novas experiências. Entre pessoas ouvidas na pesquisa, 94% avaliaram o que é oferecido pela empresa, além do salário.

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Para Wander Luiz de Camargo Filho, gerente de design organizacional da Up Brasil, criar uma boa política de benefícios que vai além de recompensas é uma das principais estratégias para evitar o "job hopping".

Com mercado cada vez mais competitivo, apresentar benefícios aos seus colaboradores com o objetivo de mantê-los é importante, porque uma das grandes buscas dos profissionais é a qualidade de vida. O mais indicado é ir além dos incentivos tradicionais que já são oferecidos por todas as companhias e procurar por soluções inovadoras, justamente para se destacar entre as demais organizações", explica.

Plano de carreira e benefícios

A pesquisa Profissionais Brasileiros, realizada pela Catho, também aponta que o salário deixou de ser a principal preocupação dos trabalhadores brasileiros.

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Segundo o estudo, benefícios como o vale-alimentação (67%), a assistência médica (66%), o vale-refeição (62%), o vale-transporte (56%) e a participação nos lucros da empresa (40%) figuram como os mais cobiçados pelos profissionais na atualidade.

O interesse por um plano de carreira (58%), a possibilidade de fazer aquilo de que se gosta (48%) e a proximidade da empresa com a moradia do trabalhador (45%) são outros fatores que os profissionais levam em consideração ao tomar decisão de apostar em outras oportunidades.

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A diretora de gente e gestão da Catho, Patricia Suzuki, explica que esses benefícios oferecidos aos trabalhadores e a possibilidade de criação de um plano de carreira são fatores que ajudam a melhorar a relação da corporação com o funcionário, bem como o engajamento do trabalhador. Como consequência, o desejo mutuo de permanência e crescimento na empresa tende a aumentar.

As vantagens são mútuas e contribuem para o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, proporcionando bem-estar fora do ambiente organizacional e também dentro da rotina de trabalho, tornando esta mais flexível e refletindo no aumento da satisfação e engajamento dos colaboradores, aumentando a atração e retenção de talentos”, avalia.