Trabalhar na Europa? Alemanha busca enfermeiros no Brasil com salário de mais de 2 mil euros
Os candidatos terão que participar de entrevistas presencialmente em São Paulo, além de palestras obrigatórias e um curso presencial de alemão
Com prazo final das inscrições neste domingo (20), profissionais de enfermagem brasileiros podem se cadastrar para oportunidades em 4 hospitais da rede Helios, na Alemanha. Ao total, são 60 vagas, com salários de mais de 2 mil euros.
Com atuação nas cidades alemãs de Pirna, Bonn, Helmstedt e Perlach, os contratados atuarão inicialmente como assistentes de Enfermagem, com salário de 2.540,97 euros, posteriormente passando a 2.869,74 euros após o reconhecimento da certificação profissional.
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Os candidatos terão que participar de entrevistas presencialmente em São Paulo, além de palestras obrigatórias e um curso presencial de alemão. Segundo informações do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), a fluência no idioma alemão não é necessária, porém, é preciso, ainda no Brasil, alcançar o nível intermediário (B1) após os estudos.
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As empresas custearão as passagens aéreas, além de oferecerem assistência no processo de imigração e busca por moradia. Na Alemanhã, os trabalhadores terão curso gratuito por um período de até 12 meses, para alcançar o nível intermediário superior (B2).
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Parceria
O projeto é resultado de uma colaboração estabelecida em junho de 2022 entre o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), as autoridades governamentais da Alemanha e a Agência Federal de Emprego Alemã (Bundesagentur für Arbeit).
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“Um momento valioso para os enfermeiros brasileiros expandirem seus horizontes profissionais, adquirirem experiência internacional e contribuírem para o fortalecimento dos sistemas de saúde em diferentes nações”, destacou Maiana Ferraz, professora e coordenadora do curso de Enfermagem do Centro Universitário de Excelência- Unex, em Vitória da Conquista.
Mercado de Enfermagem
Ainda segundo Maiana, a ação pode ser compreendida como marco importante no mercado de enfermagem, destacando a busca por oportunidades e desenvolvimento na carreira.
“Também temos o recrutamento de enfermeiros brasileiros para outros países. O convênio estabelecido entre a Alemanha e o Cofen, por exemplo, oferece aos enfermeiros brasileiros a possibilidade de aplicar seus conhecimentos especializados em um cenário internacional, contribuindo para o aprimoramento dos cuidados de saúde na Alemanha”.
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Além do avanço, as oportunidades representam também, ainda de acordo com a especialista, o reconhecimento da competência e habilidades dos profissionais de enfermagem brasileiros em nível internacional.
“A atividade abre portas para um intercâmbio de conhecimento e experiências que enriquece não apenas os enfermeiros envolvidos, mas também a profissão como um todo. Esse convênio não só fortalece a colaboração entre nações, mas também valoriza e amplia as perspectivas dos enfermeiros brasileiros em um contexto global”, finalizou.
Piso de enfermagem
Definido por um julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) no último mês de julho, o novo piso salarial de enfermagem ficou estabelecido em R$ 4.750 para enfermeiros, R$ 3.325 para técnicos e R$ 2.375 para auxiliares de enfermagem e também parteiras.
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No Espírito Santo, são 12 mil profissionais de enfermagem, 36 mil técnicos e 3.200 auxiliares. Para a presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Espírito Santo (Coren-ES), Sandra Cavati, apesar de ainda não ser o ideal, o novo piso é uma vitória para a categoria.
"A gente visualiza o piso como um grande avanço. É o resultado de uma luta de 30 anos, que a categoria conquistou, ao final do julgamento da medida cautelar do ministro Luís Roberto Barroso. Enxergamos como uma batalha vencida por nós", destaca.
Uma dúvida é saber se estados e principalmente prefeituras brasileiras vão ter saúde financeira para pagar os novos valores.
Para este ano, a União vai arcar com a despesa de todos. Para isso, liberou R$ 7 bilhões, que diz serem suficientes para garantir o salário até dezembro.
A ideia é fazer uma transição por 10 anos, durante os quais os repasses da União vão reduzindo, para que ao final estados e municípios assumam o compromisso financeiro sozinhos.
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Para receber a verba, estados e prefeituras devem atualizar o cadastro dos profissionais na base de dados do Sistema Único de Saúde (SUS).
"O trabalho agora será intenso junto aos municípios e ao Estado para que este cadastro seja feita de forma mais rápida possível. Já foi aberto um link pelo Ministério da Saúde e isto deve ser tratado de forma responsável e com muita urgência para que o piso chegue a todos os profissionais", avalia a presidente do Coren-ES.
Na rede privada, a alegação é de que haverá dificuldade para pagar o novo piso salarial. As empresas terão 60 dias para tentar um acordo, em livre negociação com o sindicato. Se não houver acordo, o piso entra em vigor.
"Foi dado esse prazo de 60 dias para que os entes interessados, empregados e empregadores, possam debater e cheguem a uma melhor resultado considerando a especificidade de cada local e situação. A realidade do Espírito Santo não é a mesma de São Paulo, por exemplo", comemora o advogado Gustavo Miguez, do Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado do Espírito Santo.
Leia a matéria completa: Piso da enfermagem: impacto é visto com preocupação no ES