Trabalho

Como alinhar seu currículo ao mercado de trabalho atual

Saiba como preparar seu currículo para as novas demandas do mercado, focando em empregos verdes, economia digital e a interseção entre academia e mercado

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: Freepik

Enquanto o mundo passa por grandes mudanças nas suas estruturas econômicas e sociais, surgem novas oportunidades de carreira, especialmente nas economias emergentes. Por exemplo, os “empregos verdes” estão se tornando fundamentais para um desenvolvimento econômico que respeite o meio ambiente. 

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O Brasil precisa se destacar no cenário internacional, investindo em energias renováveis e ampliando os mercados sustentáveis.

Empregos verdes e sustentabilidade

Segundo um estudo da Universidade de São Paulo (USP), iniciativas como o reflorestamento podem gerar milhões de empregos até 2030. Isso mostra como políticas ambientais bem planejadas podem ajudar a reduzir o desemprego e promover a inclusão social. 

Ao mesmo tempo, a economia digital está crescendo rapidamente, com a expansão dos processos de digitalização abrindo novas oportunidades.

Revolução digital e novas carreiras

A revolução digital está mudando a natureza dos empregos que já conhecemos e criando novas categorias de trabalho. No Brasil, o LinkedIn mostra que 9 das 15 carreiras que mais crescem estão ligadas à economia digital. 

O Fórum Econômico Mundial prevê que até 2025, milhões de empregos serão transformados ou substituídos pela automação e inteligência artificial. Isso significa que precisamos focar muito na formação e capacitação profissional. 

“Diferentemente da tecnologia, esses mercados emergentes (economia verde) ainda não têm mão de obra qualificada”, disse ao Estadão Leonardo Berto, gerente de filial da Robert Half, uma empresa de recrutamento.

Conexão academia e mercado

Na avaliação de Leonardo Berto, é fundamental que a academia esteja à frente e responda rapidamente às novas demandas. “Reduzindo a distância entre a academia e as demandas práticas, conseguimos uma leitura de cenário mais ágil”, afirma ele. 

Nesse cenário, é essencial garantir que os currículos estejam de acordo com as necessidades do mercado. De acordo com o Fórum Econômico Mundial, na área de sustentabilidade, 40% dos trabalhadores de hoje precisarão se requalificar para os empregos verdes do futuro, segundo o Fórum Econômico Mundial.

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Para a gerente de Gestão de Conhecimento do Itaú Educação e Trabalho, Carla Chiamarelli, integrar teoria acadêmica com a prática do mercado é crucial para preparar os jovens para os desafios futuros. 

Construindo a intersetorialidade

Para que os jovens brasileiros, que representam aproximadamente 24% da população e enfrentam altas taxas de desemprego e desalento – principalmente mulheres, negros e aqueles com menor escolaridade –, possam se beneficiar plenamente, é necessário que a academia e o mercado colaborem na formação de habilidades que atendam às demandas emergentes.

Vivianne Naigeborin, superintendente da Fundação Arymax, ressalta que há uma carência de discussão sobre os conteúdos pedagógicos necessários e sua integração nas escolas públicas, cursos técnicos e ensino superior. 

"Precisamos que os jovens tenham acesso a uma formação que efetivamente se conecte às demandas reais desses novos postos de trabalho, oferecendo competências técnicas e socioemocionais", disse Vivianne ao Estadão.

O Brasil tem se destacado globalmente pela crescente integração de habilidades e empregos verdes em sua economia. 

Um estudo da USP revela que mais de 6,5 milhões de empregos no país estão associados a setores ambientais críticos, como a gestão de recursos hídricos, o tratamento de esgoto e resíduos, a silvicultura e o transporte sustentável. Essas funções representam mais de 6% do total de empregos no Brasil.

Oportunidades na economia do cuidado

Segundo a World Population Ageing, o Brasil será a sexta nação com o maior número de cidadãos idosos até 2050. 

As mudanças nas estruturas familiares e o envelhecimento da população têm levado a um aumento significativo no número de profissionais atuando como cuidadores, revelando novas oportunidades nas economias do cuidado e prateada. 

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Johannes Doll, professor titular e membro do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre o Envelhecimento da UFRGS, destaca que a importância das estruturas de cuidado continuará a crescer. 

O estudo “Futuro do Mundo do Trabalho para as Juventudes Brasileiras” identifica diversas profissões em expansão na economia do cuidado, como médicos, biomédicos, fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas e enfermeiros.

Conhecimento gerontológico, empatia, compaixão, e a capacidade de ouvir e acompanhar são algumas habilidades essenciais no atendimento a idosos. 

Esses profissionais devem entender aspectos do envelhecimento e lidar com comportamentos e limitações dos idosos de forma adequada, oferecendo um cuidado que respeite suas necessidades individuais e mantenha sua integridade.

*Com informações do Estadão

Este conteúdo foi produzido com o auxílio de ferramenta de Inteligência Artificial e revisado por editor do jornal
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