O ano de 2023 já passou mas ainda deixa muitas marcas, afinal o relatório “Carvão 2023: análise e previsão até 2026” realizado recentemente pela Agência Internacional de Energia (IEA) indicou que 2023 foi o ano de maior consumo de carvão da história e ainda que a demanda para o combustível está prevista para atingir ainda este ano 8,54 bilhões de toneladas (Gt) em uso tanto energético quanto não energético.
O mais sujo dos combustíveis fósseis
O carvão além de ser um dos combustíveis fósseis mais poluentes, ainda é um dos mais prejudiciais para o meio ambiente e à sociedade, pois a sua queima libera quantidades exorbitantes de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono, e outros poluentes, como o enxofre, o mercúrio e as cinzas.
Dessa forma, afeta a qualidade do ar, da água e do solo, causando doenças cardiovasculares, respiratórias e neurológicas tanto nas pessoas quanto nos animais, sendo considerado o mais sujo dos combustíveis fósseis.
Perspectivas para os próximos anos
Apesar do consumo indicado em 2023, a agência ainda acredita que a demanda de carvão diminuirá com o avanço sobre as energias renováveis e a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis, como forma de limitar a temperatura global. A China, no entanto, continua sendo responsável por 54% do consumo mundial. Quanto a isso, a agência prevê uma redução nos próximos dois anos para China, de modo a fazer com que a Índia assuma a liderança no uso do carvão a partir de 2026.
O estudo da IEA espera que a demanda de carvão caia em quase todas as economias avançadas. As maiores quedas ocorreram na União Europeia e nos Estados Unidos, onde se esperam reduções anuais recordes, de cerca de 20%. Outras economias avançadas – como Coreia, Japão, Canadá e Austrália – deverão registrar taxas de declínio mais baixas. No entanto, o crescimento na China (cerca de 5%) e na Índia (mais de 8%), bem como na Indonésia, no Vietnã e nas Filipinas – que em conjunto representam mais de 70% da demanda mundial de carvão – mais do que compensará essas diminuições em nível global”.
Assim, o foco para os próximos anos é buscar pela segurança energética, o crescimento econômico e a proteção ambiental. Tendo em vista que, o carvão é a maior fonte de dióxido de carbono produzido pelo homem, mas que apesar de tudo ainda é a fonte de energia mais usada do mundo para produção de aço e cimento, de acordo com o relatório da IEA.