O 6° Relatório Anual Mundial sobre a Qualidade do Ar da IQAir, divulgado na última terça-feira (19), revelou que dos 134 países avaliados apenas 7 cumprem com os padrões de qualidade do ar estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Austrália, Estônia, Finlândia, Granada, Islândia, Ilhas Maurícias e Nova Zelândia são os países que não excederam os níveis dos materiais particulados finos expelidas por meio de veículos automotores, processos industriais e ressuspensão de poeira. Para esses resultados foram utilizados dados de cerca de 30 mil estações de monitoramento.
Os cinco países mais poluídos do mundo
O estudo demonstra que a qualidade do ar vem se deteriorando cada dia, especialmente nas grandes cidades. Segundo a OMS, os cinco países que tiveram uma poluição média de material particulado fino acima de 50 microgramas por metro cúbico foram Blangladesg (15 vezes maior), Paquistão (14 vezes maior), Índia (10 vezes maior), Tajiquistão e Burkina Faso (9 vezes maior). Considera-se ainda, que a Índia abriga quatro das cidades mais poluídas do mundo, sendo Begusarai a área urbana com a pior qualidade do ar no planeta.
O material particulado pode ser originado através de tempestades de poeira e incêndios florestais ocasionando problemas de saúde como asma, doenças cardíacas e respiratórias. Apenas em 2016 mais de 4,3 milhões de mortes prematuras foram associadas a esses materiais, de acordo com a Organização das Nações Unidas. Em 2021, a OMS inclusive reduziu a quantidade aceitável de 10 para 5 microgramas por metro cúbico, tendo em vista que milhões de pessoas anualmente perdem a vida ou adoecem devido a problemas relacionados à qualidade do ar.
Dados de qualidade do ar salvam vidas
Alguns países em desenvolvimento na África, América do Sul e Oriente Médio sequer apresentam estações de monitoramento, evidenciando uma desigualdade preocupante e uma grande escassez de dados que prejudica a análise de dados ao redor do planeta. Entretanto, nos Estados Unidos e na China, o estudo registrou uma melhora significativa apesar de na China o uso do carvão ainda ser uma grande preocupação climática e ambiental. No Brasil, cidades como Guarulhos (SP), Cubatão (SP), Camaçari (BA), Manaus (AM), Osasco (SP), Rio Claro (SP), São Caetano do Sul (SP) e Xapuri (AC) são algumas das que excedem entre três a cinco vezes o índice da OMS.
