O combate à corrupção é um dos aspectos fundamentais da governança corporativa, a letra G dos princípios ESG. Como volta e meia destacamos na coluna na coluna, o ESG pode ser visto com um conjunto de critérios que avaliam o desempenho das empresas em relação a aspectos como sustentabilidade, responsabilidade social, ética e transparência (ver mais aqui). É importante para investidores, consumidores e sociedade em geral, pois indica o nível de comprometimento das empresas com o desenvolvimento sustentável e a geração de valor compartilhado.

No âmbito da governança corporativa, a corrupção é um problema que afeta negativamente não só as empresas mas todos os setores da sociedade, prejudicando o desenvolvimento econômico e social, a confiança nas instituições e os direitos humanos. Segundo o Fórum Econômico Mundial, a corrupção custa cerca de US$ 1,26 trilhão por ano para os países em desenvolvimento.

Devemos estar sempre do lado certo

O combate à corrupção é uma das principais demandas da sociedade brasileira. A corrupção afeta a qualidade dos serviços públicos, a confiança nas instituições e o desenvolvimento econômico e social do país. As empresas que adotam práticas de combate à corrupção demonstram compromisso com a ética, a transparência e a responsabilidade social, além de reduzirem seus riscos legais e reputacionais.

Essas práticas incluem:

  • Criação de mecanismos internos de compliance e governança que inibam práticas desleais no ambiente corporativo;
  • Transparência financeira e contábil, com relatórios financeiros completos e honestos;
  • Remuneração dos acionistas de acordo com os resultados da empresa;
  • Independência, equidade e diversidade nos conselhos de administração;
  • Integridade e práticas anticorrupção nas relações com fornecedores, clientes, parceiros e órgãos públicos;
  • Gestão de riscos relacionados à corrupção e à lavagem de dinheiro.

Benefícios do combate a corrupção nas empresas

O combate à corrupção está alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, especialmente o ODS 16 que visa promover sociedades pacíficas e inclusivas, proporcionar acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis.

As empresas que combatem a corrupção e são regidas pelos princípios ESG podem se beneficiar de diversas formas:

  • Aumento da confiança e da fidelidade dos consumidores, que estão cada vez mais conscientes e exigentes em relação às questões socioambientais;
  • Acesso facilitado a fontes de financiamento, como fundos de investimento responsável, que consideram os critérios ESG na alocação de recursos;
  • Melhoria da reputação e da imagem da marca, que pode se diferenciar no mercado pela sua responsabilidade social;
  • Atração e retenção de talentos, que buscam trabalhar em empresas que compartilham seus valores e propósitos;
  • Otimização dos processos internos, com redução de custos operacionais e aumento da eficiência e da inovação.  



Felipe Mello

Colunista

Biólogo, mestre em Desenvolvimento Sustentável e especialista em Gestão de Projetos, com 23 anos de experiência em projetos nas diversas vertentes que envolvem o desenvolvimento sustentável. É coautor de um livro sobre Gestão de Projetos Socioambientais e de diversos capítulos de livros e artigos técnico científicos publicados na área da sustentabilidade. Atua ainda como Head de Conteúdo ESG na Rede Vitória.

Biólogo, mestre em Desenvolvimento Sustentável e especialista em Gestão de Projetos, com 23 anos de experiência em projetos nas diversas vertentes que envolvem o desenvolvimento sustentável. É coautor de um livro sobre Gestão de Projetos Socioambientais e de diversos capítulos de livros e artigos técnico científicos publicados na área da sustentabilidade. Atua ainda como Head de Conteúdo ESG na Rede Vitória.