Um novo relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), divulgado em fevereiro deste ano, a previsão é que a geração de resíduos sólidos urbanos cresça de 2,3 bilhões de toneladas em 2023 para 3,8 bilhões de toneladas até 2050. Em 2020, o custo direto global da gestão de resíduos foi estimado em US$ 252 bilhões.
O documento apresenta uma atualização sobre a geração global de resíduos, os custos associados e a gestão desses resíduos desde 2018 e traz uma mensagem importante da necessidade urgente de se mudar o sistema de gestão de resíduos sólidos, além de dar a destinação do material de uma maneira segura.
A Logística Reversa como opção viável
No Espírito Santo, um decreto voltado para logística reversa (Nº 5655 –R) foi assinado pelo governo estadual no dia 22 de março. O decreto regulamenta as diretrizes para implementação, estruturação e operacionalização da responsabilidade pós consumo de resíduos sólidos no Estado. Os fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, consumidores e os titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos no estado do Espírito Santo são responsáveis pelo ciclo de vida dos produtos.
A Logística Reversa é o conjunto de ações que envolve sistema de coleta, transporte, armazenamento, reciclagem e tratamento de resíduos produzidos pelo descarte de produtos e embalagens no pós-consumo. Um bom exemplo de logística reversa é a de pneus. Os pneus que não servem mais são coletados e enviados para serem reaproveitados em outros processos como na fabricação de asfalto, por exemplo.
FINDES promove evento nessa quarta
Para mostrar possíveis soluções para as indústrias capixabas se adaptarem e atenderem a obrigatoriedade da logística reversa no ES, a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), por meio de seu Conselho Temático de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Coemas), vai realizar na quarta-feira (10/04), um Seminário sobre o tema, a partir das 14 horas, em sua sede, em Vitória.
A presidente da Findes, Cris Samorini, destaca que a Federação tem atuado para disseminar o tema ambiental e sustentável junto às indústrias e ao governo estadual, incrementando uma agenda positiva, com foco em construir planos de ação e estratégias que sirvam de modelo para as empresas.
“Diversas indústrias no Estado já estão desenvolvendo soluções para estimular a economia pautadas nos três pilares da pauta ESG: ambiental, social e governança. E realizar este seminário reforça nosso objetivo de estimular as indústrias a desenvolverem ações ligadas ao tema e, sobretudo, transformar os desafios da agenda da sustentabilidade em oportunidades de negócios.”
Cris completou que o decreto é uma novidade no Estado, e por isso a Federação está trazendo neste evento especialistas para esclarecer o conteúdo do decreto e apresentar ao empresariado como executar as obrigações previstas e as oportunidades que as determinações trazem.