A cidade de Nova York  nos Estados Unidos sediou 17 a 24 de setembro a 15ª edição da Semana do Clima com a temática We Can, We Will (Nós podemos, nós faremos). O evento funciona como um fórum de conexão e divulgação com foco no cumprimento das metas climáticas e na necessidade de aumentar os compromissos assumidos por empresas, governos e organizações. É uma prévia da 28ª edição da Conferência das Partes, a COP28 que acontecerá em  novembro de 2023 em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

As mudanças climáticas são um dos desafios mais prementes de nosso tempo, e sua crescente relevância nas discussões sobre o meio ambiente e a sociedade tem levado as empresas a repensarem suas estratégias e operações. No contexto da ótica do ESG (Ambiental, Social e Governança), as mudanças climáticas desempenham um papel crucial, pois afetam cada uma dessas dimensões de forma significativa.

O impacto das mudanças climáticas nas dimensões do ESG

No âmbito ambiental, as empresas estão cada vez mais conscientes do impacto de suas operações no clima. As emissões de gases de efeito estufa provenientes da queima de combustíveis fósseis e da produção industrial são um grande contribuinte para o aquecimento global. Empresas que adotam práticas sustentáveis, como a redução de emissões e o uso de fontes de energia renovável, estão em melhor posição para atender aos critérios ambientais do ESG.

No campo social, as mudanças climáticas também têm um impacto substancial. Eventos climáticos extremos, como enchentes, secas e furacões, podem afetar diretamente as comunidades onde as empresas operam. Além disso, questões como justiça climática e adaptação às mudanças climáticas estão se tornando tópicos importantes para as empresas abordarem em suas estratégias ESG.

A dimensão da governança no ESG também está intimamente relacionada às mudanças climáticas. A forma como uma empresa lida com questões ambientais, como a divulgação transparente de informações sobre suas emissões de carbono, o envolvimento em políticas públicas relacionadas ao clima e a gestão de riscos climáticos, pode influenciar significativamente sua governança corporativa.

Agenda positiva nas empresas

As empresas que não se adaptam às mudanças climáticas correm o risco de enfrentar sérias consequências financeiras, à medida que os investidores e acionistas passam a priorizar cada vez mais os critérios ESG em suas decisões de investimento. Além disso, reguladores e governos estão implementando políticas mais rígidas em relação às emissões de carbono e ao uso de recursos naturais.

Em resumo, as mudanças climáticas têm um impacto profundo nas empresas sob a ótica do ESG, afetando suas práticas ambientais, seu relacionamento com a sociedade e sua governança corporativa. As empresas que adotam uma abordagem proativa para enfrentar esses desafios estão mais bem posicionadas para prosperar em um mundo onde a sustentabilidade e a responsabilidade corporativa são cada vez mais valorizadas.

O mundo precisa de líderes que abracem a responsabilidade de proteger nosso planeta e nossa sociedade.” – Ban Ki-moon, ex-secretário-geral das Nações Unidas

Felipe Mello Colunista
Colunista
Biólogo, mestre em Sustentabilidade e especialista em Gestão de Projetos, com 23 anos de experiência e dois prêmios de melhor Gestor de Projetos do ES.