O Relatório sobre o Estado do Oceano, publicado no dia 3 de junho, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) afirmou que 72% das 1.473 espécies ameaçadas de extinção se encontram abrigadas em Áreas Marinhas Protegidas (AMP).
As AMP, nesse caso, são delimitadas com o objetivo de conservar as espécies e os recursos naturais, dessa forma se mostram fundamentais para o desenvolvimento sustentável, para o turismo ecológico, para a preservação da biodiversidade, para o apoio à segurança alimentar e para a saúde geral dos oceanos.
A maior parte das AMP se encontram em mar territorial, ou seja, em uma faixa marítima costeira sob jurisdição de seus respectivos países. No Brasil, as unidades já abrangem 27% do mar territorial. Além disso, o documento ainda traz uma série de informações sobre o atual estado dos oceanos e sobre os impactos associados ao aquecimento global.
Apontando, portanto, um avançado processo de elevação da temperatura das águas, da acidificação, da queda das taxas de oxigênio nos ambientes marinhos e da elevação do nível do mar.
Áreas Marinhas Protegidas no ES
undefined
Impacto do aquecimento global nos oceanos
O relatório destaca um processo avançado de aquecimento das águas oceânicas, tanto nas camadas superficiais quanto em profundidades maiores. Isso tem consequências devastadoras para os ecossistemas marinhos.
Os oceanos estão experimentando uma diminuição significativa nos níveis de oxigênio dissolvido, o que afeta a sobrevivência de muitas espécies marinhas.
Essas mudanças drásticas nos oceanos estão causando a perda de habitats, declínio de espécies e profundas alterações nos ecossistemas marinhos.
Esses achados revelam um cenário preocupante para a saúde dos oceanos, exigindo ações urgentes de mitigação e adaptação às mudanças climáticas, bem como a expansão e o fortalecimento das áreas marinhas protegidas.