Uma mulher, que sofreu violência doméstica por décadas, compartilhou sua traumática experiência de ser jogada do segundo andar de um prédio pelo marido. Além das sequelas físicas, como a fratura na perna que resultou em cirurgias, ela enfrentou torturas psicológicas e verbais, sendo constantemente ameaçada de dependência emocional e financeira. Casos de violência contra a mulher têm aumentado no Espírito Santo, com cinco feminicídios registrados em janeiro de 2025, número que iguala os meses mais violentos dos últimos anos. A maioria das vítimas é de mulheres negras e de comunidades periféricas, que enfrentam dificuldades financeiras para deixar relacionamentos abusivos.
Michelle Meira, gerente de proteção à mulher da Secretaria de Segurança Pública, reconhece o desafio de combater a violência de gênero e a necessidade de conscientização cultural. Ela destaca a importância de criar redes de apoio para mulheres em situação de vulnerabilidade, facilitando o acesso a serviços e à segurança pública. A mulher que compartilhou sua história agora vive um relacionamento saudável, onde seu novo esposo tem um bom vínculo com seu filho especial, refletindo a possibilidade de recomeço após a dor da violência doméstica.