O julgamento do médico Celso Luiz Ramos Sampaio, acusado do assassinato de Rayane Luiza Berger, foi adiado pelo Tribunal de Justiça do Espírito Santo. Familiares e amigos de Rayane protestaram em frente ao Fórum Criminal de Vitória, expressando angústia e revolta após dez anos de espera por justiça. A defesa de Celso Luiz solicitou a inclusão de imagens de vídeo monitoramento no processo, algo que já havia sido negado anteriormente. Este é o quarto adiamento do julgamento, e o Ministério Público considera essa manobra uma estratégia da defesa para prolongar o processo.
O caso ocorre em um contexto em que o número de julgamentos de feminicídio no Espírito Santo aumentou 64% nos últimos quatro anos, enquanto a média nacional foi de 225%. A coordenadora do Núcleo de Enfrentamento às Violências de Gênero do Ministério Público Estadual destacou que a duração dos julgamentos varia conforme a complexidade dos casos. Em 2022, foram registrados 38 feminicídios no estado, e até o fim de fevereiro de 2023, já são sete casos. A lei do feminicídio completa 10 anos esta semana, com pena que pode chegar a 40 anos de prisão.