O raro avistamento de um peixe “diabo negro” (Melanocetus johnsonii) na costa da ilha espanhola de Tenerife, continua repercutindo nas redes sociais. Conhecido por habitar as profundezas oceânicas, o animal chamou atenção por surgir em águas rasas, fenômeno considerado incomum por pesquisadores.
O episódio foi tão marcante que inspirou uma animação criada pelo diretor de cinema e televisão Drew Garcia, baseado em Los Angeles.
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O cineasta, que já trabalhou em diversas produções, usou o registro real do peixe para dar vida a uma curta animação em que destaca a criatura misteriosa e sua movimentação hipnotizante.
No vídeo, o “diabo negro” surge iluminado por sua bioluminescência característica, reforçando o ar enigmático da espécie.
Um habitante das profundezas
O Melanocetus johnsonii é uma espécie de peixe abissal que vive entre 200 e 2 mil metros de profundidade, em completa escuridão. Seu corpo arredondado e sua enorme boca cheia de dentes afiados lhe conferem um aspecto intimidador, o que contribuiu para sua fama no imaginário popular.
Ele ficou conhecido mundialmente após aparecer no filme Procurando Nemo (2003), onde persegue os personagens Marlin e Dory em uma cena icônica.
A espécie se destaca pela bioluminescência, um fenômeno natural em que organismos produzem luz através de reações químicas com bactérias simbióticas. Esse brilho é utilizado como isca para atrair presas no fundo do mar.
Por que o peixe “diabo negro” foi parar em águas rasas?
O fato de um exemplar da espécie ter sido visto próximo à superfície intrigou cientistas. Segundo especialistas da ONG Condrik Tenerife, que estuda a fauna marinha das Ilhas Canárias, há algumas hipóteses para explicar o fenômeno. O peixe pode ter sido levado por uma corrente ascendente, sofrido alguma enfermidade ou até tentado fugir de um predador.
Outra questão que gerou debate nas redes sociais foi o tamanho do animal. Muitos acreditaram se tratar de uma criatura gigantesca, mas, na realidade, as fêmeas dessa espécie chegam a no máximo 18 centímetros, enquanto os machos não ultrapassam 3 centímetros.
A aparição inusitada do “diabo negro” reforça o mistério que envolve as profundezas oceânicas e continua encantando cientistas, entusiastas da vida marinha e agora também o mundo do cinema.
*Com informações do R7.com