
A remoção da vesícula biliar, conhecida como colecistectomia, é uma cirurgia comum, especialmente em pacientes com cálculos biliares.
Embora o procedimento seja considerado seguro e relativamente simples, especialistas alertam para a importância de entender os efeitos da remoção desse órgão essencial.
O impacto da cirurgia no metabolismo, a necessidade de suplementação para compensar a perda da função da vesícula e os possíveis distúrbios digestivos são algumas das consequências mais mencionadas pelos médicos.
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O QUE A REMOÇÃO DA VESÍCULA BILIAR CAUSA?
A vesícula biliar é um pequeno órgão localizado sob o fígado, com a função principal de armazenar a bile produzida pelo fígado. A bile é crucial para a digestão de gorduras no intestino delgado, e sua liberação é facilitada pela vesícula. Quando a vesícula é removida, a bile continua a ser produzida, mas em menor quantidade, e é liberada diretamente no intestino.
Embora pareça uma mudança simples e inofensiva, especialistas apontam que a remoção da vesícula pode afetar significativamente o processo digestivo. Após a cirurgia, o fígado é conectado diretamente ao intestino delgado, permitindo que a bile seja transferida diretamente para o sistema digestivo. Isso altera a dinâmica da digestão, podendo resultar em complicações como dor abdominal recorrente, diarreia e até problemas metabólicos, especialmente no metabolismo de carboidratos.
Segundo o Dr. Ricardo Fernandes, a remoção da vesícula biliar pode levar a alterações no metabolismo da glicose, contribuindo para um maior risco de distúrbios metabólicos, como resistência à insulina e aumento dos níveis de glicose no sangue. Este processo ocorre devido ao papel fundamental dos ácidos biliares na digestão e na sinalização de vias metabólicas.
A IMPORTÂNCIA DA SUPLEMENTAÇÃO APÓS A REMOÇÃO DA VESÍCULA BILIAR
Uma das principais orientações dos especialistas após a remoção da vesícula biliar é a suplementação contínua de vitaminas e nutrientes essenciais que não são mais absorvidos com a mesma eficiência após a cirurgia. Isso inclui as vitaminas A, D, E e K, que são lipossolúveis e necessitam da bile para serem adequadamente absorvidas pelo corpo.
Os pacientes também precisam suplementar o ômega 3 para garantir a boa saúde do sistema cardiovascular e prevenir a inflamação, que pode ser agravada pela alteração na digestão das gorduras. Essas vitaminas e nutrientes devem ser ingeridos ao longo da vida para compensar a perda da função da vesícula biliar e garantir que o organismo continue a funcionar de forma adequada.
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MODULAÇÃO INTESTINAL E ALTERAÇÕES NA MICROBIOTA
Outro aspecto importante após a remoção da vesícula biliar é a modulação intestinal. Como o processo digestivo é alterado pela ausência da vesícula, muitos pacientes precisam ajustar a dieta e o estilo de vida para evitar complicações como a disbiose, que é o desequilíbrio na microbiota intestinal.
A disbiose pode ocorrer quando há uma mudança na composição das bactérias intestinais, o que pode levar a problemas como inchaço, constipação, diarreia e até dor abdominal. A modulação intestinal completa é necessária para restaurar o equilíbrio das bactérias intestinais e otimizar a digestão e absorção de nutrientes.
Especialistas recomendam que, após a cirurgia, os pacientes se concentrem em uma alimentação mais saudável e rica em fibras, evitando alimentos ricos em gorduras processadas e açúcares refinados, que podem sobrecarregar o sistema digestivo já comprometido.
CUIDADOS COM OS CÁLCULOS BILIARES E A LIMPEZA DA VESÍCULA BILIAR
A remoção da vesícula biliar pode ocorrer em casos de cálculos biliares, que são pedras formadas dentro da vesícula. No entanto, há controvérsias sobre a necessidade de remoção do órgão quando os cálculos biliares podem ser facilmente removidos com o uso de métodos de limpeza, como o uso de azeite, que ajuda a dissolver as pedras.
Estudos indicam que as pedras excretadas após o uso de azeite não são cálculos biliares, mas sim resíduos de gordura acumulada no organismo. Embora a remoção de cálculos biliares seja muitas vezes necessária, a limpeza da vesícula biliar, que pode ser realizada sem cirurgia, é uma opção válida em muitos casos, especialmente para aqueles que não apresentam sintomas graves.
EFICÁCIA DA LIMPEZA DE VESÍCULA BILIAR
Diversos estudos sugerem que a limpeza da vesícula biliar pode ser uma alternativa eficaz à cirurgia em certos casos. Esses estudos indicam que, após a limpeza, há uma redução significativa na formação de novos cálculos biliares, o que pode evitar a necessidade de remoção da vesícula em muitos pacientes.
A limpeza da vesícula biliar pode ser realizada através de métodos naturais, como o consumo de azeite, que facilita a eliminação de substâncias acumuladas na vesícula. Embora seja uma abordagem controversa, a limpeza tem mostrado resultados positivos, especialmente em pacientes com cálculos pequenos ou moderados.
A RETIRADA DA VESÍCULA BILIAR E SEUS RISCOS A LONGO PRAZO
Embora a cirurgia para remoção da vesícula biliar seja frequentemente recomendada em casos de cálculos biliares, ela pode acarretar uma série de consequências a longo prazo. Entre os principais efeitos estão a alteração na digestão das gorduras e a necessidade de ajustes na dieta e suplementação para evitar complicações. Além disso, a remoção da vesícula pode resultar em uma alteração significativa no metabolismo, aumentando o risco de problemas como a disbiose intestinal.
Outro ponto importante é a relação da remoção da vesícula com doenças metabólicas, como diabetes tipo 2. O impacto da cirurgia no metabolismo da glicose pode levar a um aumento da resistência à insulina e a alterações no equilíbrio da microbiota intestinal, tornando o corpo mais vulnerável a problemas de saúde a longo prazo.
A NECESSIDADE DE ATENÇÃO E PREVENÇÃO
A remoção da vesícula biliar, embora seja um procedimento comum e muitas vezes necessário, deve ser acompanhada de um plano de cuidados a longo prazo. A suplementação das vitaminas lipossolúveis, o uso de ômega 3 e a modulação intestinal são aspectos essenciais para garantir a saúde e o bem-estar dos pacientes após a cirurgia.
Além disso, é fundamental que os pacientes se conscientizem dos riscos a longo prazo, como problemas digestivos e metabólicos, e tomem as medidas necessárias para prevenir complicações. Com os devidos cuidados, é possível viver bem após a remoção da vesícula biliar, mas é essencial compreender as mudanças que o corpo passará e como lidar com elas.
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