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Dia do Beijo: saiba como evitar a transmissão de doenças bucais

Apesar da simbologia afetiva, o beijo pode transmitir infecções como herpes, mononucleose, candidíase oral e HPV

Dia do Beijo/Reprodução
Dia do Beijo/Reprodução

Celebrado anualmente em 13 de abril, o Dia do Beijo é tradicionalmente lembrado como uma data voltada ao afeto e à troca de carinho entre as pessoas.

O gesto, tão comum no cotidiano de relacionamentos amorosos ou de amizade, também carrega implicações importantes quando o assunto é a saúde bucal.

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Pouco lembrado sob essa perspectiva, o beijo pode representar uma via de transmissão de diversas doenças, muitas delas silenciosas.

Apesar do caráter simbólico e emocional da data, especialistas alertam que o beijo pode facilitar o contágio de vírus e bactérias presentes na cavidade oral.

Algumas dessas doenças são amplamente conhecidas, enquanto outras ainda são pouco discutidas no dia a dia, o que aumenta o risco de exposição.

O beijo e a saúde bucal/Reprodução
O beijo e a saúde bucal/Reprodução

DOENÇAS QUE PODEM SER TRANSMITIDAS PELO BEIJO

Entre as infecções transmissíveis por meio do beijo estão a mononucleose, herpes labial, candidíase oral e infecções causadas pelo HPV (papilomavírus humano). Também podem ocorrer contágios de vírus respiratórios, como os causadores da gripe e do resfriado.

O dentista Alexandre Ravani, CEO da rede de clínicas odontológicas PróRir, explica que a mononucleose, popularmente conhecida como “doença do beijo”, é causada pelo vírus Epstein-Barr.

Ele destaca que essa infecção pode passar despercebida em muitos casos, sendo assintomática ou facilmente confundida com doenças respiratórias comuns, como gripes e resfriados. Isso aumenta o risco de transmissão entre pessoas, especialmente em situações de contato próximo e repetido.

Além da mononucleose, Ravani chama atenção para outras infecções recorrentes que têm no beijo uma forma possível de disseminação.

A herpes labial, por exemplo, é uma condição provocada por um vírus que permanece no organismo de forma latente e pode se manifestar em momentos de baixa imunidade. Já a candidíase oral é uma infecção fúngica que pode se desenvolver com maior facilidade em pessoas imunocomprometidas ou em uso prolongado de antibióticos.

No caso do HPV, embora a maioria das pessoas associe o vírus a infecções genitais, ele também pode afetar a mucosa da boca e da garganta, sendo detectado por meio de exames específicos.

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Saúde bucal/Reprodução
Saúde bucal/Reprodução

SINTOMAS E TRANSMISSÃO

Essas doenças podem apresentar sintomas variados, como feridas nos lábios, manchas brancas na língua, dor ao engolir, febre, mal-estar e dores musculares. No entanto, muitas vezes os sinais são sutis ou inexistentes, o que torna a prevenção ainda mais relevante.

Para evitar o contágio, o dentista recomenda atenção redobrada a sinais como febre, dores no corpo ou feridas visíveis na boca, especialmente em situações de contato com pessoas desconhecidas.

“Algumas dessas doenças não têm tratamento e tendem a passar sem interferência médica. Portanto, os medicamentos usados geralmente são apenas para aliviar os sintomas”, afirma Ravani.

PREVENÇÃO É O MELHOR CAMINHO

A prevenção segue sendo a principal aliada na redução dos riscos de infecção. De acordo com o especialista, manter hábitos saudáveis de higiene bucal e cuidados pessoais pode fazer toda a diferença na hora de se proteger.

Entre as principais recomendações estão:

  • Escovar os dentes ao menos três vezes por dia;
  • Utilizar fio dental diariamente para complementar a limpeza;
  • Lavar as mãos com frequência, especialmente antes das refeições e após contato com superfícies compartilhadas;
  • Evitar compartilhar copos, talheres, escovas de dente e outros objetos pessoais;
  • Manter os ambientes bem ventilados, o que contribui para a redução da circulação de vírus respiratórios;
  • Vacinar-se contra a gripe e outras doenças imunopreveníveis;
  • Manter uma alimentação balanceada, rica em nutrientes que fortalecem o sistema imunológico.

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Dentista/Reprodução/Freepik

VISITAS AO DENTISTA SÃO ESSENCIAIS

A ida ao dentista é outro ponto importante reforçado pelo CEO da PróRir. Segundo Ravani, mesmo em pessoas assintomáticas, o acompanhamento profissional permite identificar precocemente possíveis alterações na cavidade bucal, além de orientar sobre cuidados personalizados de acordo com o perfil de cada paciente.

“É importante visitar o dentista ao menos uma vez por ano ou sempre que sentir algum desconforto”, orienta.

O acompanhamento odontológico também contribui para o diagnóstico precoce de doenças que, quando tratadas a tempo, têm menor risco de agravamento.

BEIJO E RESPONSABILIDADE: CUIDADO COM O OUTRO TAMBÉM É ATO DE CARINHO

Mais do que um cuidado individual, manter uma boa saúde bucal e estar atento aos riscos de transmissão é também uma forma de cuidado com o outro. Em épocas de maior circulação de vírus, como o outono e o inverno, os riscos se intensificam, e a atenção aos sinais do corpo deve ser ainda maior.

Celebrar o Dia do Beijo com consciência é, segundo os especialistas, a melhor forma de garantir que o gesto continue sendo associado a carinho, conexão e bem-estar, e não a problemas de saúde evitáveis.

SAIBA MAIS: RESUMO DAS DICAS PARA BEIJAR COM SEGURANÇA

  • Escove os dentes após as principais refeições;
  • Use fio dental todos os dias;
  • Higienize bem as mãos;
  • Evite compartilhar utensílios de uso pessoal;
  • Esteja atento a sintomas como febre ou lesões bucais;
  • Ventile os ambientes com frequência;
  • Mantenha uma dieta equilibrada;
  • Vacine-se anualmente contra a gripe;
  • Visite o dentista regularmente.

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CELEBRAR COM SAÚDE É A MELHOR ESCOLHA

No fim das contas, celebrar o Dia do Beijo de maneira segura e consciente depende de pequenas atitudes que fazem grande diferença.

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O dentista Alexandre Ravani reforça:

“Se sua saúde bucal está em dia, então escolha um bom parceiro, beije muito e seja feliz”. Com prevenção e responsabilidade, o beijo segue sendo um gesto de amor e conexão — agora, também com saúde.