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Falência, dívidas com o Banco do Brasil e prisão do dono: fim escandaloso de fábrica nº1 do Brasil

A Encol enfrentou investigações por sonegação de impostos e emissão de notas fiscais falsas, além de acusações de gestão temerária

Falência de construtora (foto/reprodução: Freepik)
Falência de construtora (foto/reprodução: Freepik)

A Encol, que já foi a maior construtora do Brasil, teve um desfecho marcado por falência, dívidas bilionárias e até a prisão de seu fundador. Criada em 1961 pelo engenheiro Pedro Paulo de Souza, a empresa cresceu rapidamente e se destacou na construção civil com grandes obras públicas e privadas.

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No entanto, sua trajetória de sucesso começou a ruir nos anos 90, quando problemas administrativos e financeiros vieram à tona. A Encol enfrentou investigações por sonegação de impostos e emissão de notas fiscais falsas, além de acusações de gestão temerária. Em 1994, uma CPI apontou irregularidades, abalada pela falta de confiança do mercado, a empresa passou a ter dificuldades para captar recursos.

A situação se agravou quando o Banco do Brasil, um dos principais credores da Encol, interveio em sua administração. Muitos especialistas acreditam que essa intervenção comprometeu ainda mais o equilíbrio financeiro da companhia, dificultando o pagamento de fornecedores e funcionários.

Em 1997, um consórcio de 38 bancos tentou renegociar as dívidas, sem sucesso. No ano seguinte, a empresa entrou com um pedido de concordata, mas não resistiu: a falência foi decretada em 1999.

O fundador, Pedro Paulo de Souza, alegou que a Encol foi alvo de um complô do Banco do Brasil para forçar sua falência, mas a Justiça nunca comprovou essas alegações. Nos anos 2000, Souza foi condenado a quatro anos e dois meses de prisão por crimes contra o sistema financeiro. A pena prescreveu em 2006, mas ele chegou a ser preso em 2010, obtendo habeas corpus no dia seguinte.

Décadas de espera por indenização

Mesmo mais de 20 anos após a falência, o caso ainda não foi totalmente resolvido. Em 2023 mais de 1.500 ex-funcionários e 42 mil compradores de imóveis aguardam indenizações. Enquanto isso, a massa falida da empresa acumulou cerca de R$ 185 milhões, mas advogados envolvidos no processo já receberam cerca de R$ 140 milhões em honorários.

A falência da Encol deixou um rastro de desemprego e obras inacabadas por todo o país. Ex-funcionários e compradores continuam lutando para receber valores devidos, muitos já faleceram sem ver a cor do dinheiro. Histórias como a de Raimundo, que ainda espera pouco mais de R$ 1.500, são reflexos do impacto duradouro dessa crise.

Mudanças na legislação

O caso de falência da Encol serviu de alerta e levou a alterações na legislação brasileira. Atualmente, é proibido que uma construtora utilize os recursos de um empreendimento para financiar outro, e os compradores devem verificar se o patrimônio de afetação está registrado em cartório.

Mesmo assim, essas mudanças chegaram tarde para milhares de pessoas afetadas pela queda da Encol. O que um dia foi símbolo de crescimento e inovação na construção civil, hoje é lembrado como um dos maiores escândalos empresariais do país.

Companhia área rival da GOL afunda em país e exige falência com clientes na fila de embarque

Avião decolando (foto/reprodução: freepik)
Avião decolando (foto/reprodução: freepik)

Uma companhia aérea concorrente da GOL declarou falência de forma inesperada, surpreendendo passageiros que aguardavam na fila de embarque. O colapso financeiro da empresa resultou na paralisação imediata das operações, gerando caos e indignação entre os clientes.

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Falência da Silver Airways impacta passageiros em Orlando

A Silver Airways, importante companhia aérea regional dos Estados Unidos, interrompeu repentinamente suas atividades no Aeroporto Internacional de Orlando no dia 30 de dezembro de 2024. A decisão inesperada impediu que centenas de passageiros embarcassem em seus voos, causando tumulto e insatisfação.

O pedido de falência foi uma tentativa da empresa de reestruturar suas finanças e buscar capital adicional. No entanto, a falta de comunicação prévia deixou muitos clientes desamparados.

A Silver Airways desempenhava um papel fundamental na conectividade regional, operando voos para destinos estratégicos, como:

  • Pensacola;
  • Key West;
  • Bahamas.

Em 2024, a companhia transportou cerca de 129.000 passageiros, sendo uma opção essencial para viagens de curta distância e turismo.

Motivos da falência

Os principais fatores que levaram à crise financeira da Silver Airways incluem:

  • Dívidas acumuladas: A empresa enfrentava um alto endividamento, tornando inviável sua continuidade sem uma reestruturação significativa.
  • Pedido de proteção judicial: A declaração de falência foi uma tentativa de reorganizar as finanças e manter a companhia ativa.
  • Impacto imediato: A paralisação dos voos no Aeroporto de Orlando pegou passageiros de surpresa, sem aviso prévio ou alternativas oferecidas.

Muitos passageiros relataram frustração e indignação ao chegarem ao aeroporto e descobrirem que seus voos haviam sido cancelados. A falta de suporte da empresa agravou a situação, levando a reclamações formais e a recomendações da justiça dos EUA para que os clientes buscassem reembolsos diretamente com a companhia.

Expectativas para 2025

Apesar da crise, a Silver Airways afirma que pretende continuar suas operações durante o processo de recuperação judicial. O objetivo da empresa é sair da falência até o fim do primeiro trimestre de 2025 e retomar sua posição no mercado.

A falência da Silver Airways evidencia os desafios enfrentados por companhias aéreas regionais diante de dificuldades financeiras. Enquanto passageiros aguardam soluções para seus reembolsos, a empresa tenta reestruturar suas finanças e seguir operando no mercado aéreo.