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Montadora n°1, tão popular quanto a Honda, vive falência e apela para sobreviver no país

Fabricante austríaca de motos luta contra dívidas bilionárias e busca recuperação para manter suas operações

Falência de montadora (foto/reprodução: Freepik)
Falência de montadora (foto/reprodução: Freepik)

A fabricante de motocicletas KTM, considerada uma das mais populares do mundo e concorrente direta da Honda, enfrenta um dos momentos mais desafiadores de sua história. Desde novembro de 2024, a montadora austríaca lida com uma grave crise financeira, acumulando dívidas que chegam a 3 bilhões de euros.

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Diante da situação, a empresa entrou com um pedido de recuperação judicial na Áustria em fevereiro de 2025, buscando reorganizar suas finanças e evitar a falência. O plano aprovado pelos credores exige que a KTM pague 30% de suas dívidas até maio, o equivalente a 548 milhões de euros.

Os outros 70% serão anulados com a aprovação da reestruturação. Além disso, a empresa receberá um aporte de 50 milhões de euros dos acionistas para retomar a produção na fábrica de Mattighofen, ajudando a evitar a falência.

Medidas emergenciais

Desde o início da crise, a KTM adotou medidas drásticas para conter os prejuízos, incluindo a demissão de funcionários, a troca de CEO e o corte de investimentos em competições como a MotoGP. No início de 2025, a empresa chegou a suspender temporariamente a produção devido às dificuldades financeiras, o que trouxe mais especulações sobre a falência.

O grupo indiano Bajaj, um dos principais acionistas da KTM, deve ser um dos maiores investidores na reestruturação da empresa. Também há especulações sobre um possível aporte da BMW, embora ainda não haja confirmação oficial.

Expansão no Brasil

Apesar da crise na Europa, a KTM segue com planos de crescimento no Brasil. A empresa está em processo de assumir diretamente suas operações no país, com a intenção de instalar uma fábrica em Manaus. Um documento do Conselho de Desenvolvimento do Amazonas (Codam) revela um projeto de investimento de R$ 97 milhões para essa implantação, o que mostra confiança apesar de Falência Motos ser uma preocupação.

Futuro incerto

Com um histórico de crescimento expressivo desde sua fundação em 1932, a KTM precisa superar esse período turbulento para manter sua posição no mercado. O CEO da Pierer Mobility AG, Gottfried Neumeister, demonstrou otimismo ao afirmar que a montadora “está de volta aos trilhos” após a aprovação do plano de recuperação. No entanto, ainda há incerteza sobre o futuro da empresa.

Os próximos meses serão decisivos para determinar se a KTM conseguirá se recuperar e continuar como uma das líderes globais no segmento de motocicletas de alta performance.

“A Justiça decretou”: Renata para Jornal Nacional com falência de empresa gigantesca com R$1,4 trilhão em dívidas

Falência de grande empresa (foto/reprodução: x)
Falência de grande empresa (foto/reprodução: x)

A Justiça de Hong Kong decretou a falência da Evergrande, uma das maiores incorporadoras imobiliárias da China, após a empresa não apresentar documentos exigidos dentro do prazo judicial.

Com uma dívida superior a R$ 1,4 trilhão (US$ 300 bilhões), o colapso da companhia marca um dos capítulos mais dramáticos da crise no setor imobiliário chinês e pode desencadear uma reação em cadeia na economia global, especialmente considerando a falência da empresa.

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O que levou à falência da Evergrande?

Desde 2021, a empresa enfrentava dificuldades para pagar suas dívidas offshore e tentava implementar um plano de reestruturação. No entanto, o crescimento acelerado e o endividamento excessivo fizeram com que a companhia não conseguisse cumprir seus compromissos financeiros, levando à falência da empresa.

A crise da Evergrande começou quando a China endureceu as regulamentações do setor imobiliário, limitando o acesso das incorporadoras ao crédito. Isso afetou diretamente a liquidez da empresa, que passou a atrasar pagamentos a fornecedores, credores e investidores. Esses desafios financeiros foram cruciais na falência da empresa.

Impactos da falência da Evergrande

A falência da gigante chinesa pode afetar diversos setores da economia mundial. Especialistas apontam três principais preocupações:

  • Crise no setor imobiliário: Com milhares de projetos inacabados, compradores de imóveis correm o risco de não receber suas propriedades. O mercado imobiliário da China pode enfrentar uma onda de desvalorização devido à falência da empresa.
  • Efeito dominó no sistema financeiro: Bancos e instituições financeiras expostos à dívida da Evergrande podem sofrer perdas significativas, aumentando a volatilidade dos mercados internacionais. A falência da empresa cria instabilidade.
  • Risco para outras incorporadoras: A confiança no setor imobiliário chinês pode se deteriorar ainda mais, levando outras empresas ao colapso financeiro, especialmente após a falência da gigante Evergrande.

Reação do governo chinês e do mercado global

O governo chinês tem adotado medidas para conter os danos da crise, como o estímulo ao crédito para outras incorporadoras e o incentivo à conclusão de projetos inacabados. No entanto, Pequim evita um resgate total da Evergrande, tentando evitar precedentes que incentivem práticas financeiras irresponsáveis no setor, mesmo após a falência desta empresa.

No mercado global, investidores seguem atentos ao desdobramento da falência. Bolsas de valores da Ásia e da Europa registraram quedas após o anúncio, e o temor é que o impacto possa se espalhar para economias emergentes com forte ligação comercial com a China. A falência da empresa causa preocupações generalizadas.

É possível reverter a falência?

Embora a Justiça tenha decretado a falência da Evergrande, a empresa ainda pode buscar alternativas legais para reverter a decisão. Algumas das opções incluem:

Recuperação judicial: A empresa pode apresentar um novo plano de reestruturação para tentar pagar credores e continuar operando, tentando assim reverter a falência declarada.
Venda de ativos: A liquidação parcial de propriedades e participações em outras empresas pode gerar recursos para reduzir a dívida.
Intervenção do governo: Embora Pequim tenha adotado uma postura cautelosa, uma eventual ajuda estatal não está descartada, caso o impacto da falência se agrave.

O que esperar nos próximos meses?

Os próximos passos do caso Evergrande serão decisivos para o futuro do mercado imobiliário chinês e para a confiança dos investidores internacionais. Caso o governo da China consiga conter os efeitos da falência, o impacto global pode ser limitado. Caso contrário, o setor financeiro pode enfrentar uma crise de grandes proporções, exacerbada pela falência desta empresa.

A situação reforça a necessidade de maior regulamentação no setor imobiliário e de uma gestão financeira mais prudente por parte das incorporadoras diante da falência de uma grande empresa.