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Tinder da corrida: capixaba viraliza com trend das meias azuis para atrair relacionamentos

A tendência começou no mundo da corrida, mas já se expandiu para outros esportes, como a musculação; conheça a origem da brincadeira

(Foto: Arquivo pessoal/William Trussmann)
(Foto: Arquivo pessoal/William Trussmann)

Uma nova trend tem tomado conta das ruas e pistas de corrida: a meia azul. O acessório, usado por corredores solteiros como um “código” para se identificarem e conhecerem novas pessoas, ganhou força nas redes sociais e se tornou um fenômeno entre os atletas.

No Espírito Santo, um nome se destaca nessa história: William Tressmann, corredor, criador de conteúdo digital e humorista, que ajudou a impulsionar a febre da meia azul no Brasil.

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A ORIGEM DA MEIA AZUL

(Foto: Arquivo pessoal/William Tressmann)

Curiosamente, a ideia da meia azul não foi criada espontaneamente. Tressmann descobriu que o conceito foi desenvolvido pelo aplicativo de relacionamentos Inner Circle, originário da Holanda.

“O aplicativo é focado em corredores de rua e, numa pesquisa interna, os usuários disseram que gostariam de ter um símbolo que indicasse que estavam solteiros. Aí, o Inner Circle criou a história da meia azul, já que a cor da marca é azul”, explicou William.

A repercussão foi tamanha que até o fundador do aplicativo começou a segui-lo no Instagram. “Foi um boom muito atípico. Já tive outros vídeos virais, mas essa história foi diferente, porque virou uma série de vídeos que fizeram de mim uma referência no assunto”, contou.

O que era apenas uma brincadeira logo se tornou um fenômeno. Seu primeiro vídeo sobre a meia azul viralizou e, em menos de 24 horas, ultrapassou um milhão de visualizações. O sucesso foi tanto que ele decidiu criar outros vídeos dentro da mesma temática, alguns chegando a três milhões de views

“Como sou humorista, percebi que poderia encaixar esse tema no humor e comecei a gravar vídeos engraçados dentro do assunto”, contou Tressmann.

É SÓ PARA OS SOLTEIROS?

Segundo Tressmann, a ideia da meia azul é um código entre corredores. “Seja em treinos ou provas, entende-se que quem está com a meia azul está disponível para um relacionamento e disposto a conhecer pessoas novas. Cabe a ambas as partes se aproximarem e puxarem assunto”, explicou.

Mas nem sempre a interação acontece apenas entre duas pessoas de meia azul. “A outra pessoa pode não estar usando a meia, mas percebe que quem está de azul está solteiro e aberto a conversas”, acrescentou o influenciador.

IMPACTO NA COMUNIDADE DE CORREDORES

O crescimento da trend gerou diferentes reações na comunidade. “Como toda novidade, gerou estranheza no início. Algumas pessoas adoraram, outras não gostaram tanto, especialmente quem já era comprometido e já tinha uma meia azul em casa. Correr com ela poderia gerar um certo desconforto”, brincou William.

No entanto, ele reforça que a recepção foi positiva: “Os solteiros se divertiram muito com essa história e o assunto acabou se tornando um dos mais falados no último ano dentro da comunidade de corrida”.

A tendência começou no mundo da corrida, mas já se expandiu para outros esportes, como a musculação. “Tem gente usando a meia azul até em academias. Inclusive, surgiram grupos de corrida exclusivos para solteiros de meia azul, que se organizam para correr juntos, especialmente em São Paulo”, revelou.

DICAS PARA QUEM QUER ADERIR À TREND

Para aqueles que têm receio de entrar na brincadeira e não serem notados, Tressmann dá algumas dicas. “Muita gente tem medo de ser o único usando a meia azul ou de não ser percebido. O que alguns fazem é usar meias de cano alto e complementar com outros acessórios para chamar mais atenção”, sugeriu.

No entanto, o mais importante, segundo ele, é entrar na tendência com leveza. “O ideal é levar tudo com humor e descontração, sem cobranças. A ideia é se divertir!”.

A moda da meia azul continua crescendo e, se depender de William, a brincadeira ainda vai render muitas risadas, histórias e, quem sabe, até novos casais!

Kayra Miranda, repórter do Folha Vitória
Kayra Miranda

Repórter

Jornalista pelo Centro Universitário Faesa.

Jornalista pelo Centro Universitário Faesa.