A afirmação de que o maracujá possui quase tanta proteína quanto o ovo viralizou nas redes sociais nos últimos dias.
O conteúdo despertou curiosidade e gerou questionamentos sobre o real valor nutricional da fruta.
O maracujá pode fornecer cerca de cinco gramas de proteína por porção, um número próximo ao do ovo, que contém aproximadamente seis gramas.
LEIA TAMBÉM:
- Whey para o cérebro: especialista receita “Venvanse natural” com cogumelos em gotas: “Troque os remédios”
- O que comer pós-treino para emagrecer? Veja cardápio fácil
- O que comer no pré-treino para emagrecer? Veja cardápio pronto
Embora a fruta não costume ser lembrada por seu valor proteico, seus subprodutos, como a farinha feita com as sementes, concentram boa parte desse nutriente.
MARACUJÁ E OVO: UMA COMPARAÇÃO NUTRICIONAL
Os dados apontam que, em porções equivalentes, o maracujá chega perto do ovo em quantidade de proteína. Essa semelhança surpreendeu muitos internautas. No entanto, grande parte da proteína no maracujá está nas sementes — mais precisamente, na farinha produzida a partir delas.
Enquanto o ovo oferece uma proteína considerada completa, com todos os aminoácidos essenciais, o maracujá representa uma fonte vegetal que pode complementar a dieta. A farinha da semente da fruta tem ganhado espaço como alternativa para quem deseja diversificar o cardápio com opções vegetais.
Nutricionistas ressaltam que, apesar da boa quantidade, a qualidade da proteína também deve ser considerada. Para obter um perfil completo de aminoácidos, pessoas que seguem dietas sem alimentos de origem animal precisam combinar diferentes fontes vegetais.
OUTROS BENEFÍCIOS DO MARACUJÁ
Além da proteína, o maracujá entrega uma série de vantagens para a saúde. A fruta é rica em fibras, antioxidantes, vitaminas e minerais. Essa combinação auxilia o sistema digestivo, promove saciedade e melhora o funcionamento metabólico.
As fibras presentes na fruta ajudam no controle do apetite, contribuindo para o emagrecimento ou manutenção do peso. A ingestão regular também fortalece a saúde muscular e favorece a regulação do metabolismo, o que beneficia quem busca um estilo de vida ativo.
A presença de antioxidantes combate os radicais livres, retardando o envelhecimento celular. O maracujá também ajuda na qualidade do sono, na saúde da pele, no controle da glicose e na proteção do coração.
UMA FRUTA NATIVA DA AMÉRICA DO SUL COM ALTO VALOR NUTRICIONAL
Nativo da América do Sul, o maracujá se destaca pelo sabor exótico, aroma marcante e polpa suculenta. Tradicional nas casas brasileiras, ele é muito usado em sucos, sobremesas e molhos. Seu valor nutricional vai além do que muitos imaginam.
A fruta representa uma alternativa interessante para pessoas que desejam reduzir o consumo de proteína animal. A possibilidade de aproveitar as sementes em forma de farinha amplia ainda mais as formas de consumo e ainda podem ser combinadas com outros alimentos.
LEIA MAIS: Whey protein: 5 mitos e verdades sobre o suplemento que você precisa saber antes de começar a tomar
FARINHA DE MARACUJÁ: UMA FONTE PRÁTICA DE PROTEÍNA VEGETAL
A produção da farinha feita com sementes de maracujá transforma o que antes era descartado em uma fonte funcional e nutritiva. Essa farinha concentra não apenas proteína, mas também fibras e compostos antioxidantes.
Comercializada em lojas de produtos naturais e farmácias, ela pode ser incorporada facilmente à alimentação. Adicionar o pó a vitaminas, frutas, iogurtes, bolos ou pães traz benefícios e aumenta o teor de nutrientes nas refeições.
Além de fortalecer os músculos, a farinha auxilia no controle do colesterol, regula os níveis de açúcar no sangue e melhora o trânsito intestinal.
VALE A PENA INCLUIR O MARACUJÁ NA DIETA, MAS COM OUTROS ALIMENTOS
Apesar do destaque recente, o maracujá não substitui o ovo por completo. O ovo ainda lidera em termos de qualidade proteica, pois contém todos os aminoácidos essenciais. No entanto, o maracujá, especialmente na forma de farinha, contribui de maneira significativa como fonte vegetal de proteína.
Essa informação ressalta a importância da variedade na alimentação. Combinar diferentes ingredientes, tanto de origem animal quanto vegetal, ajuda a formar um cardápio equilibrado e completo.
Para quem busca reduzir o consumo de produtos de origem animal ou adotar uma dieta mais rica em vegetais, o maracujá surge como uma excelente opção. No entanto, sempre vale contar com orientação nutricional para montar um plano alimentar que atenda às necessidades do organismo.
LEIA MAIS: Whey Protein: Veja quem não pode tomar o suplemento e os riscos
POR QUE O MARACUJÁ NÃO É CONHECIDO COMO FONTE DE PROTEÍNA?
Apesar dos dados apontarem que o maracujá pode oferecer uma quantidade relevante de proteína por porção, a fruta ainda é pouco associada a esse nutriente. O motivo principal está relacionado à sua composição predominante: a polpa da fruta é composta majoritariamente por água, fibras e açúcares naturais, e tem baixo teor de gordura. O foco nutricional do maracujá, por muito tempo, esteve nos seus benefícios calmantes e digestivos — qualidades mais conhecidas pelo grande público.
Além disso, o consumo mais comum da fruta se dá na forma de suco, que geralmente exclui as sementes — justamente a parte mais rica em proteínas. Por isso, muitas das propriedades nutricionais ligadas à proteína acabam sendo desperdiçadas. Foi somente com o avanço de pesquisas e com a popularização de ingredientes funcionais, como a farinha da semente de maracujá, que esses dados passaram a receber mais atenção.
A forma como os alimentos são divulgados também influencia. O ovo, por exemplo, sempre teve sua imagem associada à construção muscular, à nutrição esportiva e à saúde geral. Já o maracujá ganhou fama como calmante natural, por conter substâncias que favorecem o relaxamento e o sono.
Com o aumento da procura por fontes alternativas de proteína vegetal, o cenário começa a mudar. A indústria de alimentos tem investido em subprodutos da fruta, enquanto nutricionistas passam a recomendá-la como complemento em dietas vegetarianas e veganas. O reconhecimento do maracujá como alimento proteico pode, aos poucos, ganhar mais espaço, desde que sua forma de consumo priorize o aproveitamento integral da fruta — principalmente as sementes.
LEIA MAIS: Whey sabor toddy é bom? veja se esse suplemento vale a pena