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Zeca Pagodinho não se contém e assume atitude proibida que costuma tomar: “Que delícia”

Em entrevista, o sambista Zeca Pagodinho falou sobre sua relação com as apostas: atitude proibida que costuma fazer

Zeca Pagodinho: músico precisou garantir que está vivo Foto: Guto Campos / Divulgação
Zeca Pagodinho: músico precisou garantir que está vivo Foto: Guto Campos / Divulgação

O cantor Zeca Pagodinho protagonizou um momento inusitado durante sua participação no programa Gente do Rio, exibido pela Band TV Rio.

Durante a conversa com a apresentadora Mônica Ramos, o sambista não hesitou em compartilhar histórias sobre suas crenças, festas religiosas e, principalmente, uma prática considerada ilegal no Brasil: sua relação com o jogo do bicho.

A entrevista foi ao ar como parte da edição comemorativa de um ano do programa. Em um tom descontraído, Zeca não fugiu das perguntas e revelou sua experiência com o jogo de azar, arrancando risadas da apresentadora.

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Em 2022, Mônica Ramos entrevistou o cantor em especial do programa regional ‘Gente do Rio’ (Foto: Reprodução/ Band TV Rio/ YouTube)
Em 2022, Mônica Ramos entrevistou o cantor em especial do programa regional ‘Gente do Rio’ (Foto: Reprodução/ Band TV Rio/ YouTube)

ZECA PAGODINHO E A RELIGIOSIDADE

Ao longo da conversa, a apresentadora mencionou festas religiosas de matriz africana, ao que o cantor respondeu de maneira espontânea, confirmando sua presença constante nesses eventos.

“Você vai na festa de preto velho, feijoada?”, perguntou Mônica Ramos. “Todas, todas”, respondeu Zeca Pagodinho.

O cantor, que nunca escondeu sua ligação com religiões de matriz africana, reforçou seu respeito e admiração pelas tradições. O bate-papo fluiu de maneira leve e natural, até que a apresentadora decidiu abordar outro tema delicado.

O CANTOR FALA SOBRE O JOGO DO BICHO

Em meio à conversa sobre suas crenças, Mônica Ramos perguntou diretamente:

“E jogo do bicho?”.

Sem hesitar, Zeca respondeu com bom humor:

“Ah, que delícia… [mas] esse ano estou perdendo muito”.

O sambista seguiu contando sua experiência com a prática e revelou que, durante a pandemia, teve sorte nas apostas. “Na pandemia, eu ganhei umas cinco vezes”, afirmou. No entanto, segundo ele, a sorte não durou muito: “Fui falar pra um amigo que mexe com isso, ele me rogou uma praga que nunca mais ganhei nada”.

A apresentadora riu da situação e brincou:

“Arruma uma benzedera aí”.

Zeca entrou na brincadeira e respondeu:

“O negócio tá bravo”.

ZECA PAGODINHO
(Foto: Reprodução/Globo)

POR QUE O JOGO DO BICHO É CONSIDERADO ILEGAL?

O jogo do bicho é uma forma de aposta popular no Brasil, mas sua prática é ilegal. Criado no final do século XIX, o jogo consiste em apostar em números associados a animais, com base em sorteios diários.

A ilegalidade dessa prática se dá porque ela opera fora de qualquer regulamentação governamental. Isso significa que não há controle sobre os sorteios, prêmios ou a circulação do dinheiro, o que torna o jogo vulnerável a fraudes e até mesmo a atividades ilícitas, como lavagem de dinheiro.

Mesmo sendo proibido, o jogo do bicho segue sendo amplamente praticado em diversas regiões do país, especialmente no Rio de Janeiro, onde há uma forte cultura em torno das apostas.

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Zeca Pagodinho/Foto: Reprodução
Zeca Pagodinho/Foto: Reprodução

ZECA PAGODINHO: AUTENTICIDADE E BOM HUMOR

O episódio reforça uma das características mais marcantes de Zeca Pagodinho: sua autenticidade. O cantor, que há décadas é um dos principais nomes do samba, sempre se destacou por sua espontaneidade e sinceridade nas entrevistas.

Seja falando sobre suas crenças, sobre o cotidiano ou até mesmo sobre temas polêmicos, Zeca mantém seu jeito irreverente e bem-humorado, características que o tornaram querido pelo público brasileiro.

A entrevista no Gente do Rio não foi diferente. Sem rodeios, ele compartilhou histórias, se divertiu e, mais uma vez, mostrou por que é uma das figuras mais carismáticas da música brasileira.

Álbum do Zeca Pagodinho/Reprodução
Álbum do Zeca Pagodinho/Reprodução

A HISTÓRIA DE UM HINO: DEIXA A VIDA ME LEVAR

Se existe uma música que resume o espírito e a personalidade de Zeca Pagodinho, é Deixa a Vida me Levar. Lançada em 2002, a canção se tornou um hino de otimismo e resiliência para os brasileiros, atingindo enorme sucesso dentro e fora do país.

A composição é de Serginho do Meriti e Eri do Cais, e surgiu de maneira espontânea. Meriti conta que criou a música em São João do Meriti, cidade da Baixada Fluminense onde foi criado.

“Um dia eu fui na casa da minha mãe, peguei o violão e fiz essa música. É a história da minha vida, a história da vida do brasileiro, que não desiste nunca”, revelou o compositor.

A trajetória da canção mudou quando Zeca Pagodinho a ouviu durante um de seus tradicionais encontros em Xerém, distrito de Duque de Caxias, onde mora.

Sempre que se prepara para um novo álbum, o sambista reúne compositores, músicos e produtores em sua casa para um evento que chama de Bate-Bola. Nesses encontros, repletos de comida, bebida e samba, os compositores apresentam suas canções, e Zeca escolhe as que mais gosta para gravar.

HISTÓRIA DA MÚSICA

Foi nesse contexto que Deixa a Vida me Levar chegou até ele. Ao ouvir a melodia e a letra pela primeira vez, o cantor reagiu imediatamente: “Eu vou fazer uma farra com essa música!”, teria dito. O entusiasmo foi tanto que todos começaram a cantar juntos, como se a música já fosse um clássico.

O arranjo da canção ficou a cargo do maestro e violonista Paulão Sete Cordas, e a produção foi assinada por Rildo Hora, um dos maiores nomes do samba. A gravação teve um detalhe especial: Zeca Pagodinho quis um coro grandioso para o refrão.

O costume em suas gravações é chamar cerca de oito ou nove pessoas para cantar o coro, mas, naquele dia, o estúdio estava lotado, e o sambista decidiu que todos participariam. O resultado foi uma explosão de vozes que ajudou a transformar Deixa a Vida me Levar em um hino popular.

ÁLBUM DEIXA A VIDA ME LEVAR

O álbum Deixa a Vida me Levar foi o mais vendido da carreira de Zeca Pagodinho e garantiu ao artista o Grammy Latino na categoria de Melhor Álbum de Samba/Pagode. Além disso, a música-título foi a mais tocada no Brasil em 2002 e concorreu ao prêmio de Melhor Canção em Língua Portuguesa.

Outro marco importante foi quando a música se tornou o hino extraoficial da seleção brasileira de futebol na Copa do Mundo de 2002. Durante a campanha vitoriosa comandada pelo técnico Luiz Felipe Scolari, a canção era entoada pelos jogadores, e a torcida abraçou a trilha sonora. Com isso, Deixa a Vida me Levar se eternizou ainda mais no imaginário popular.

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Zeca Pagodinho faz 65 anos de vida e 40 de carreira — Foto: Leo Martins
Zeca Pagodinho faz 65 anos de vida e 40 de carreira — Foto: Leo Martins

A IMPORTÂNCIA DE DEIXA A VIDA ME LEVAR

O sucesso de Deixa a Vida me Levar não é apenas comercial. A música capturou um sentimento coletivo do brasileiro, a ideia de que, apesar das dificuldades, é possível seguir em frente com leveza e otimismo. A simplicidade da letra e a melodia contagiante fazem dela uma canção atemporal, reconhecida e cantada por todas as idades.

Além de Zeca Pagodinho, a canção foi regravada por outros grandes nomes do samba, como Beth Carvalho, Seu Jorge e Diogo Nogueira. Cada nova interpretação mantém viva a energia da música e reforça sua importância na história do samba brasileiro.

Mesmo duas décadas após seu lançamento, Deixa a Vida me Levar segue sendo presença garantida nos shows de Zeca Pagodinho e nas rodas de samba pelo país. O cantor, que já declarou que se sente apenas um instrumento da música, vê nessa canção um reflexo de sua própria vida: uma trajetória cheia de desafios, mas levada com alegria, fé e a certeza de que a música tem o poder de transformar.

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