Um grupo de jovens e adolescentes muito animados está oferecendo um reforço para os militares do 38° Batalhão de Infantaria (BI), em Vila Velha. Isso porque o batalhão está recebendo o 1º pelotão de soldados com síndrome de Down do Brasil.
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Diante de uma turma tão encantadora, o protocolo rígido do Exército teve que ser quebrado e a cerimônia ganhou um ar mais descontraído, com muita música e diversão.
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Ao todo, 26 adolescentes e jovens devidamente alistados formam agora o Pelotão 21. Um desses jovens é a cadete Juliana que veio acompanhada da mãe, Joana Sacramento.
Diante dessa experiência, a mãe acredita que a ação será de grande importância para o desenvolvimento da filha.
“É maravilhoso saber que através desses projetos eles vão poder ser incluídos, vai ter muita novidade, muita coisa que eles vão aprender e vão levar para a vida e isso vai ajudar na independência de todos eles.”
O nome Pelotão 21 não é por acaso. A escolha remete à síndrome de down, que acontece quando o cromossomo 21 produz uma célula a mais.
De acordo com o comandante do 38º Batalhão, coronel Rodrigo Penalva de Oliveira, a ação é uma forma de promover o desenvolvimento social.
“Ajuda a promover esse desenvolvimento social. É uma mensagem muito poderosa de inclusão e uma atividade de contribuição para o desenvolvimento social que também é uma atribuição das Forças Armadas e também uma atribuição do 38º BI aqui no Estado”, apontou.
Parceria com a Vitória Down
A experiência faz parte de uma parceria do exército com a entidade Vitória Down, apoiada pelo Instituto Americo Buaiz. Trata-se de um tipo de curso de formação, sem as exigências militares, é claro.
A formação vai durar dois meses e nesse tempo, os participantes vão ter noções de exercícios físicos, segurança alimentar, moral e cívica e até técnicas de camuflagem.
“É uma experiência única e que acrescenta muitos conhecimentos. Além deles aprenderem muito, a troca vai ser muito boa. Eu tenho certeza de que quem trabalhar com eles, vai aprender muito mais do que imagina”, garantiu a presidente do Vitória Down, Lisley Sophia.
A parceria com o 38° Batalhão de Infantaria é a segunda feita pela Vitória Down. Em abril do ano passado, Corpo de Bombeiros também realizou uma formação parecida.
Para familiares e pessoas com síndrome de down, ações como essa são portas que se abrem para a inclusão e a cidadania.
“A consciência de que é possível mudar a cultura da sociedade e fazer com que esses jovens possam realmente ser inseridos e participarem como qualquer outra pessoa da sociedade”, disse o empresário Marcel Carone.