Bombeiros descartam 5º vítima em prédio que desabou e buscas são encerradas
Com o fim das buscas, que duraram quase 20 horas, foi confirmada a morte de três pessoas da mesma família
O Corpo de Bombeiros não confirmou a presença de uma quinta vítima no prédio que desabou no bairro Cristóvão Colombo, em Vila Velha. A princípio, testemunhas afirmaram que uma amiga da família também estava na residência, mas a informação não foi confirmada pelas equipes que atuaram no local.
Com o fim das buscas, que duraram quase 20 horas, foi confirmada a morte de três pessoas da mesma família: Eduardo Cardoso, de 68 anos, que era o dono do imóvel, a filha dele, Camila Morassuti Cardoso, de 34 anos, e a neta do idoso, Sabrina Morassuti, de 15 anos.
A filha mais velha de Eduardo, Larissa Morassuti, de 37 anos, foi resgatada com vida e está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital da Grande Vitória. O resgate dela aconteceu cerca de 4 horas após o incidente.
Cerca de três horas depois, a segunda vítima foi localizada. Camila, no entanto, não resistiu aos ferimentos e morreu. O corpo foi encaminhado ao Departamento Médico Legal, em Vitória.
Logo após o resgate de Camila, os bombeiros conseguiram localizar a filha dela, de 15 anos. Sabrina conversou com a equipe durante a tarde e as equipes conseguiram resgatá-la a noite, mas foi constatado que a menina também estava sem vida.
Os trabalhos continuaram durante toda a madrugada, até que foi encontrado também o corpo de Eduardo, dono do imóvel.
Vídeo registrou explosão e momento que prédio desabou
O prédio de três andares desabou no início da manhã de quinta-feira (21). O incidente aconteceu por volta das 7h15. Um vídeo obtido em primeira mão pela equipe da TV Vitória/Record TV registrou o momento em que ocorre uma explosão e o prédio desaba.
Moradores da região contaram que ouviram uma forte explosão e notaram que as janelas estavam quebradas. Quando saíram na rua, viram que o prédio estava completamente destruído.
Prédio era irregular, diz Crea-ES
Os engenheiros do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) realizaram a vistoria fiscal do prédio. Segundo o órgão, o imóvel era considerado irregular.
Os especialistas do Conselho constataram que o prédio foi construído sem projetos, responsabilidade técnica, acompanhamento de um profissional de engenharia ou em cumprir as Normas Brasileiras Regulamentadoras (NBRs).
O conselho ainda não fez a vistoria técnica, que deve ser realizada agora, após conclusão da operação de resgate do Corpo de Bombeiros, que durou quase 20 horas.
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