Durante operação em Linhares, polícia encontra alvo sendo velado pela mãe
A presença da polícia na região se deve à Operação Descontaminação, que visa combater o tráfico de drogas e os homicídios na região
Durante a 5ª fase da Operação Descontaminação, deflagrada em Linhares nesta terça-feira (27), a polícia se deparou com uma cena triste. Quando os policiais chegaram a um endereço para cumprir um mandado de busca e apreensão, descobriram que o alvo, de apenas 15 anos, estava sendo velado pela própria mãe.
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O momento da descoberta foi registrado pelo secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, coronel Alexandre Ramalho, que gravou um vídeo com a mãe, que relata duas dores: a perda precoce do filho e o motivo que levou a essa perda.
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A presença da polícia na região se deve à Operação Descontaminação, que visa combater o tráfico de drogas e os homicídios no bairro Nova Esperança, em Linhares. Policiais civis e militares cumpriram 18 mandados de busca e apreensão, além de 4 mandados de prisão.
"Ele enxergou o tráfico como uma oportunidade de vida"
Por segurança, a mãe do adolescente não foi identificada no vídeo. Na casa e fortemente emocionada, a mãe conta sobre a dificuldade de lidar com um filho tão jovem já inserido no mundo do tráfico.
"Eu peço aos filhos, em primeiro lugar, para ouvirem suas mães. Eu falei para ele ficar dentro da minha casa e ele não preferiu ficar. Foi dessa forma que ele enxergou o tráfico, como uma oportunidade de vida", relatou.
A mãe contou que o filho começou a participar do mundo do tráfico em janeiro deste ano e que, devido ao envolvimento, já chegou a usar uma arma.
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Para ela, o maior problema do rapaz era a grande rivalidade que ele arrumava com traficantes da região.
"A única coisa dele mesmo foi a rivalidade. Ele batia nos outros e ficava se rivalizando com outras pessoas."
De acordo com o coronel Ramalho, há uma crescente taxa de criminalidade entre os jovens e resultado disso, são cenas com a encontrada nesta terça-feira. Uma mãe velando o filho sozinha.
"É o que a gente tem visto hoje no Espírito Santo e no Brasil, uma criminalidade entre jovens de 14 a 29 anos. O que a gente quer mostrar para as pessoas é que o tráfico não leva a nada. Hoje estamos aqui eu e a senhora conversando e o caixão está ali na nossa frente, sendo velado somente pela mãe e não tem mais ninguém aqui, nenhum amigo, ninguém e o que fica agora é o sofrimento da mãe, uma dor que não passa", disse o secretário.
