Ataque em Aracruz: suspeito de matar professoras e estudante é apreendido
O suspeito foi apreendido em Aracruz. De acordo com as primeiras informações, ele é um adolescente com idade entre 16 e 17 anos
Correção: anteriormente, sem a confirmação da idade do atirador, afirmamos que o suspeito havia sido preso. A polícia confirmou que o responsável pelo ataque tem 16 anos, portanto, ele foi apreendido. O texto foi corrigido.
O suspeito de realizar ataques em duas escolas de Aracruz, no Norte do Espírito Santo, foi apreendido na tarde desta sexta-feira (25). A informação foi divulgada pela Polícia Rodoviária Federal.
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De acordo com as informações iniciais, a prisão foi realizada no mesmo município onde ocorreu o crime. O suspeito seria um adolescente com idade entre 16 e 17 anos. Ele foi encaminhado à Delegacia Regional de Aracruz. Ele chegou ao local acompanhado com a mãe.
A PRF informou, por meio da Superintendência Regional do Espírito Santo, que, assim que tomou conhecimento dos ataques, empenhou todas as equipes, grupamentos especializados e serviço de inteligência para monitorar as rodovias federais que passam pelo Estado em busca do suspeito.
O jovem foi localizado após o monitoramento do veículo utilizado por ele para se locomover entre uma escola e outra.
"Após o levantamento detalhado das imagens do veículo Renault Duster, todas as informações relevantes foram compartilhadas com as forças de segurança pública do Espírito Santo, que contribuíram para a localização e detenção do suspeito", diz a nota divulgada pela PRF.
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Em uma rede social, o governador Renato Casagrande comentou sobre a prisão do atirador e disse que decretou luto oficial de três dias.
"Nossas equipes de segurança alcançaram o autor do atentado que, covardemente, atacou duas escolas em Aracruz pela manhã. Decretei luto oficial de três dias em sinal de pesar pelas perdas irreparáveis. Continuaremos apurando as motivações e, em breve, teremos novos esclarecimentos", escreveu.
Segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública, mais informações sobre a prisão do suspeito serão divulgadas em uma coletiva de imprensa que ainda será marcada.
Ataques em escolas deixa pelo menos três mortos
Duas escolas de Aracruz foram alvos de ataques na manhã desta sexta-feira (25). Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo, duas professoras e um estudante morreram.
A ação de violência aconteceu na Escola da Rede Estadual Primo Bitti e no Centro Educacional Praia de Coqueiral (CEPC). Câmeras de segurança de uma das unidades registrou o momento em que o atirador entrou e saiu do local.
O homem armado estava usando roupas camufladas. A câmera de segurança marcava 9h49 quando o homem entrou na escola. Nas imagens é possível ver vários funcionários correndo após perceber a invasão.
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No vídeo ainda é possível ver quando o homem efetua um disparo. Pelo ângulo das imagens, no entanto, não há como saber se alguém foi atingido pelo tiro.
O suspeito deixou a escola 9h50, exatamente um minuto e quatro segundo após cruzar o portão na entrada.
Imagem mostra carro usado por suspeito para ir às escolas
Segundo informações da polícia, o suspeito foi às escolas em um carro modelo Renault Duster, cor dourada e com as placas cobertas. Primeiro, o homem foi até a escola estadual, onde atirou contra 11 professores, sendo que duas morreram no local.
Em seguida, ele entrou no carro e se dirigiu à escola particular, onde entrou correndo e efetuou diversos disparos. Na escola, um adolescente foi baleado.
Adolescente relata pânico no momento de ataque
Uma adolescente de 14 anos, aluna de uma das escolas alvo dos ataques que ocorreram na manhã desta sexta-feira (25), contou ao jornalismo da TV Vitória/ Record TV os momentos de terror e medo que viveu.
"Eu estava no andar debaixo da escola, perto da sala dos professores, sala dos diretores, e tinha uma professora ali perto também. Primeiro, eu escutei um barulho de alguma coisa caindo, só que foi um barulho muito alto, não parecia algo normal", disse.
A jovem contou que ela, a professora e outras pessoas saíram correndo pelo estacionamento. "A minha professora estava ali perto e gritou: 'o que está acontecendo?'. Uma das funcionárias da limpeza passou falando que tinha uma pessoa atirando na escola e chamou a gente. A gente saiu correndo e saímos pelo estacionamento da escola, que estava com o portão aberto".
A adolescente ainda falou sobre o desespero que viveu. "Estava em pânico. Na hora que eu estava correndo, fiquei com medo de cair e desmaiar porque eu fiquei tonta. Foi algo muito desesperador".
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